Trecho do espetáculo realizado na última semana em Catanduva - Foto: Reprodução
Da Redação
Na noite desta terça-feira, 28, o Teatro Municipal de Fernandópolis recebe o espetáculo “Os Três Porquinhos e o Lobo”, em versão adaptada e dirigida por Márcio Muniz.
A peça terá inicio às 19h30. Os ingressos podem ser adquiridos online através do site: bilheteriaexpress.com.br ou presencialmente na escola de inglês Wizard, localizada rua Espirito Santo, 1556, no centro. Para mais informações: (17) 99167-5064.
Os Três Porquinhos é uma fábula internacional, com autor desconhecido, que cruzou gerações. Alguns escritores lançaram versões próprias, sendo a principal a de autoria do australiano Joseph Jacobs, por volta de 1853, enquanto morou na Inglaterra e resgatou contos infantis.
O espetáculo aborda pontos importantes do desenvolvimento infantil, tocando em temas como família, medo, erros e acertos, autonomia e amadurecimento. Na adaptação, Muniz também teve a preocupação de desmistificar signos e símbolos frequentes do teatro infantil, como o conflito entre o bem e o mal, por exemplo.
Toda a trama é contextualizada e se desenvolve com muito humor, música e fantasia, sem desprezar a inteligência do “pequeno” espectador, que se envolve do início ao fim.
“O primeiro ponto que a nossa versão trabalha é a questão do cortar o cordão umbilical, quando o ser humano deixa a casa dos pais para viver o próprio caminho, a própria vida. A gente faz uma analogia a isso no texto quando a mamãe porca fala que os porquinhos precisam sair do ninho e voar, essa é a lei natural da vida, vocês precisam alçar os próprios voos”, pontua Muniz.
Para o diretor, nessa trajetória de independência, pode ser que a pessoa demore para aprender a voar e cair, mas uma hora vai aprender. “A gente faz essa analogia com a tentativa dos porquinhos fazerem a primeira e segunda casa, e não conseguirem, e acertarem na terceira.”
Ao falar sobre voar, a peça também mostra que é preciso acreditar nos seus próprios sonhos. O tópico aparece inclusive em uma música. “Quando a gente tem que sair do ninho, a gente tem medo, receio, não sabe o que vai acontecer. Eles passam por situações na floresta onde tem monstros e eles ficam com saudade da mãe, têm dificuldade de cortar esse cordão umbulical.”
Muniz comenta que essa vivência é comum, também, na vida adulta, ao tentar concretizar algum projeto ou sonho. “Quando vamos colocar em prática um plano que a gente tem para realizar algum sonho, a gente entra no desconhecido, a gente tem medo e acaba errando, construindo talvez uma casa de palha ou madeira que não seja realmente suficiente. Mas a gente acreditando, a gente consegue. Mas a gente precisa sair do ninho e voar.”
O espetáculo fala, ainda, sobre a administração de recursos, pois a mamãe porca dá moedas para eles construírem suas casas e ficarem seguros. “Mas devido à imaturidade, eles começam a dar prioridade a outras coisas, a deixar o emocional administrar os recursos e, assim, eles não têm tantos recursos para investir em suas casas. Eles não dão prioridade em ouvir os pais.”
Uma frase citada na montagem resume os ensinamentos propostos. “Aproveite o ninho, aproveite a queda e aproveite o voo. O lobo era o medo e o medo não existe”, menciona Muniz, explicando que o medo vem para travar o psicológico, prometendo um final surpreendente.
A realização é de Mídia Produções Artísticas, direção e adaptação de Márcio Muniz, tendo no elenco Ailton Rodrigo, Mateus Simonato, Ana Laura e Eder Carvalho, e Lucas Egídio na técnica.