Os Três Tenores

Os Três Tenores

Uma história que comoveu o mundo

Uma história que comoveu o mundo

Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Luz da Esperança

Por: Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

Não te consideres desventurado, porque o sofrimento te alcançou diminuindo a intensidade festiva da tua quadra de ilusões.

Durante seu curso, recorda os momentos ditosos que passaram e torna menos ásperos estes que agora te visitam.

Da mesma forma, amanhã estará mudada esta paisagem aflitiva e te encontrarás melhor aquinhoado, em razão da experiência que incorporarás às tuas conquistas.

Aprenderás a abençoar a saúde e a valorizar os bens da amizade, os dons do trabalho, prologando as horas de bem-estar, cultivando pensamentos e atitudes positivos, que te favorecerão com energias e disposição para todos os embates que enfrentarás.

Compreenderás com mais facilidade os alheios padecimentos, tolerando as agressões e disparates de outros indivíduos mais atribulados do que tu.

Sentir-te-ás mais humano e sensível aos problemas do próximo, tornando-te, naturalmente, solidário com todos aqueles que te busquem a ajuda ou a simples presença fraternal.

Dilatarás a visão a respeito da vida e reflexionarás mais intensivamente sobre a transitoriedade do corpo e o caráter eterno do ser em si mesmo.

Descobrirás o sentido dos acontecimentos, assimilando-lhes bem as propostas evolutivas, sem nadar contra a correnteza.

Os problemas, naturalmente, chegar-te-ão da mesma forma; no entanto, com esta experiência que proporciona sabedoria, poderás solucioná-los sofrendo menos aflições.

Quando te conscientizas das razões do sofrimento, estes se tornam suportáveis, tendo diminuídas suas cargas desgastantes.

Quando te resignas diante dos testemunhos, estes perdem a intensidade perturbadora.

Quando abençoas a própria dor, nela reconhecendo os benefícios que fruirás, encontras a técnica perfeita para vencê-la e ser feliz.

CRÔNICA

Os Três Tenores

Autoria desconhecida

Possivelmente você já ouviu ao menos falar sobre os três tenores. O italiano Luciano Pavarotti e os espanhóis Plácido Domingo e José Carreras. O que talvez você não saiba é que Plácido Domingo é madrileno e José Carreras é catalão e que há uma grande rivalidade entre madrilenos e catalães. Plácido e Carreras não fugiram à regra. Em 1984, por questões políticas, tornaram-se inimigos.

Sempre muito requisitados em todo o mundo, ambos faziam constar em seus contratos que só se apresentariam se o desafeto não fosse convidado.

Em 1987, Carreras ganhou um inimigo mais implacável que Plácido Domingo: - foi surpreendido por um terrível diagnóstico de leucemia. Submeteu-se a vários tratamentos, como autotransplante de medula óssea e trocas de sangue. Por isso, era obrigado a viajar mensalmente aos Estados Unidos.

Claro que sem condições para trabalhar, e com o alto custo das viagens e do tratamento, logo sua razoável fortuna acabou.

Sem condições financeiras para prosseguir o tratamento, Carreras tomou conhecimento de uma instituição em Madrid, denominada Fundación Hermosa, que fora criada com a finalidade única de apoiar a recuperação de leucêmicos. Graças ao apoio dessa fundação, ele venceu a doença e voltou a cantar. Tornando a receber altos cachês, ele tratou de associar-se à fundação. Foi então que, lendo os estatutos, descobriu que o fundador, maior colaborador e presidente era Plácido Domingo. Mais do que isso! Descobriu que a fundação fora criada, em princípio, para atender a ele, Carreras. E que Plácido se mantinha no anonimato para não o constranger por ter que aceitar auxílio de um inimigo.

E momento extraordinário, e muito comovente aconteceu durante uma apresentação de Plácido, em Madrid. De forma imprevista, Carreras interrompeu o evento e se ajoelhou a seus pés. Pediu-lhe desculpas. Depois, publicamente lhe agradeceu o benefício de seu restabelecimento.

O Três Tenores durante apresentação em Londres em 1996. Foto: Reprodução / EFE / D.Tomson

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