Trabalhadores resgatados de fazenda em Ilha Solteira. Foto: Divulgação / Ministério do Trabalho

Da Redação

57 trabalhadores foram resgatados de uma fazenda situada no município de Ilha Solteira. Eles estavam há cerca de duas semanas em uma área de cana-de-açúcar em situação análoga à escravidão.

Segundo o Ministério do Trabalho (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União e Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsáveis pela operação, os trabalhadores não possuíam vínculo empregatício e estavam em condições precárias. Eles provêm de migração do Maranhão e Alagoas, além de seis indígenas de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o MTE, não havia instalações sanitárias no local de trabalho; o transporte era feito por ônibus sem autorização; as refeições eram feitas debaixo de sol, chuva ou com proteção de arbustos e a habitação era em condições precárias.

Segundo o Auditor Fiscal do Departamento de Combate ao Trabalho Escravo (Detrae), ligado ao MTE, Evandro Afonso de Mesquita, o dono da fazenda foi obrigado a fazer a quitação de todas as verbas rescisórias dos trabalhadores e ainda indenizar em R$ 4 mil cada trabalhador por dano moral, além de bancar as custas para o transportes dos trabalhadores às suas regiões de origem.

Ele responderá por processo criminal, juntamente com o empreiteiro, após denúncia do Ministério Público Federal (MPF).