Onde foi que errei? Por Hugo Lapa

Onde foi que errei? Por Hugo Lapa

Ainda dá tempo de consertar tudo isso? Como?

Ainda dá tempo de consertar tudo isso? Como?

Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Onde foi que errei?

Por: Hugo Lapa

É bem curioso isso. As pessoas mergulham num mundo materialista, consumista, ilusório, sem amor, sem vida, sem contato com a natureza…

Os relacionamentos são superficiais, não há afeto, não há reciprocidade, somente se usa o outro, se mente ao outro, se tenta controlar o outro.

As pessoas valem mais pelas palavras que proferem, do que pelas atitudes que têm; valem mais pela imagem que projetam, do que pela sua essência, valem mais pelo que possuem do que pelo que são. Preferem ouvir músicas altíssimas para não ouvir a si mesmos e os anseios mais íntimos do seu coração.

Depois de envolver-se intensamente nesse mundo materialista e vazio, sentem-se insatisfeitas, ficam doentes, e vão se entupir de remédios alopáticos e antidepressivos, que não vão resolver o problema, mas apenas criar uma falsa sensação de saúde e uma ilusória sensação de alegria.

E depois de tudo isso, ainda querem ser felizes… Acham que a felicidade será encontrada no próximo jogo de futebol de domingo, no churrasco do fim de semana, nas novelas, em reality shows e em outras futilidades efêmeras. Consolam-se no mundo da mídia e do entretenimento acreditando que é possível fugir do real…

E depois ainda perguntam: onde foi que eu errei?

A resposta é muito clara:

Você errou em valorizar as coisas banais, transitórias e vazias ao invés daquilo que é real. Você errou em optar pela ilusão consoladora ao invés da verdade impactante. Você errou ao tratar o ser humano como algo a ser manipulado, e não como um parceiro evolutivo. Você errou em acreditar na arrogância ao invés de acreditar na humildade. Você errou em buscar no passageiro algo da ordem do eterno. Você errou em trocar o amor pela ilusão.

Mas não se preocupe, ainda dá tempo de consertar tudo isso.

Como?

Escolha a verdade, e não a ilusão. Escolha o amor, e não a indiferença. Escolha a humildade, e deixe de lado a soberba. Escolha relacionamentos profundos e amorosos, e não meras conveniências humanas. Escolha viver de acordo com sua natureza, e não a renegando o tempo inteiro.

Escolha… finalmente… ser você mesmo e despertar a essência que sempre esteve presente em ti.

CRÔNICA

Não matarás!

Por: Autoria desconhecida

O médico já havia atendido várias pacientes, naquele dia, quando uma jovem mãe adentrou seu consultório, levando nos braços um precioso fardo: seu lindo bebê.

Assim que o profissional lhe perguntou em que poderia ajudar, ela desabafou, ansiosa: “doutor, preciso que me ajude a resolver um problema grave. Meu filho tem pouco mais de um ano e estou grávida novamente! Não pretendo ter outro filho agora. Ainda é muito cedo. Pretendo dar um espaço maior entre um e outro.”

O médico, muito atencioso lhe perguntou: - e em que eu poderia lhe ajudar?

A mulher, já esperançosa, respondeu: “quero interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.”

O médico a olhou atentamente, como a buscar inspiração para a solução do caso, depois lhe disse: - tenho uma alternativa melhor para lhe propor. Resolve o seu problema e não oferece risco nenhum para a senhora.”

A mulher, muito atenta, ouviu a sugestão: - para a senhora não ficar com dois bebês, de idades tão próximas, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer, sem problemas. Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Sacrificar esse que já nasceu é bem mais fácil e mais barato. Ademais, a senhora não sofre nem corre risco algum. Então, o que me diz?

A mulher ficou horrorizada.

“Não, doutor! Que horror! Matar uma criança é crime! É infanticídio!”

Imagem: Ilustração

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