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Adolescente estuprada, assassina e enterrada pelo ex-padrasto deixou carta

Adolescente estuprada, assassina e enterrada pelo ex-padrasto deixou carta

Ana Cristina diz ser estuprada desde os quatro anos

Ana Cristina diz ser estuprada desde os quatro anos

Publicada há 1 ano

Adolescente Ana Cristina tinha 15 anos. Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

Da Redação

A mãe da adolescente Ana Cristina da Silva, de 15 anos, que foi estuprada, assassinada e enterrada pelo ex-padrasto, divulgou uma carta que ela encontrou na casa que em que moravam mãe, filha e o irmão, em Rio Preto.

Carla Cristina da Silva do Nascimento confirmou que a missiva da filha mostra que ela sofria estupros por parte de André José da Silva, de 37 anos, desde os quatro anos de idade e que nunca ela contou para ninguém, inclusive para a própria mãe. Na carta Ana Cristina afirma que tinha medo e se sentia fraca e que não denunciava os crimes porque iria acabar sendo a 'culpada'. Carla e André tiveram um relacionamento por 12 anos e há três meses eles se separaram.

Em um trecho a adolescente relata que "só queria viver em paz, mas não dá. Eu odeio o fato da minha existência, eu já pensei, mas se eu abrir a boca, vai tudo piorar e a culpada vai ser eu. Abusada desde os 4 anos de idade, eu nunca falei para a minha mãe, para ninguém. Até hoje eu sou muito fraca”.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Rio Preto já encontrou outras provas e o ex-padrasto também confessou os crimes. Ele foi preso preventivamente e está à disposição da Justiça, detido na carceragem da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC). Além desta acusação (homicídio e ocultação de cadáver), ele já responde por outro crime de estupro.

Carta da adolescente divulgada pela sua mãe e publicada pelo site do SBT Interior

“Eu só queria viver em paz, mas não dá. Eu odeio o fato da minha existência, eu já pensei, mas se eu abrir a boca, vai tudo piorar e a culpada vai ser eu. Abusada desde os 4 anos de idade, eu nunca falei para a minha mãe, para ninguém. Até hoje eu sou muito fraca”.

Parte da Carta que Ana Cristina deixou escondida em casa.


“Me dói muito. Eu estou de um jeito que como só para comer, vivo só por viver. Estou tentando trabalhar, mas não consigo. Tenho crises fortes de ansiedade e de choro. Dói tanto meu coração que tem momentos que não consigo ficar em pé”.

Desabafou da mãe que velou o corpo da filha na data do próprio aniversário.


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