Acusado é preso pela PC. Foto: Reprodução/Votunews
Da Redação
A Polícia Civil, através de policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga, prenderam um acusado de participar da execução de um casal e a filha de Olímpia.
A prisão ocorreu na tarde desta última quinta-feira, 18/01/2024, em Valentim Gentil, sendo o jovem de 23 anos, posteriormente, conduzido à Central de Flagrantes da Polícia Judiciária.
O detido, cuja identidade não foi revelada, negou participação no crime, mas o delegado titular da DIG, Tiago Madlun, disse possuir provas robustas e já solicitou a decretação da prisão temporária. (30 dias). Ele tem várias passagens pela Polícia e reside em Votuporanga.
O caso
Polícia no local onde corpos foram encontrados. No detalhe, as vítimas da execução
A Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP) já trabalhava em busca da elucidação das circunstâncias e autoria do crime que vitimou a família olimpiense, encontrada com sinais de execução em Votuporanga.
Embora não houvesse confirmação oficial, haviam indicativos de que policiais já tivessem suspeitos do homicídio ligado ao tráfico de drogas. A morte do pai – Anderson Marinho – é tratada como vingança por dívidas ligadas a traficantes. Os tiros em seu rosto também são indicativos dessa modalidade de crime.
Segundo o delegado Everson Aparecido Contelli houve uma execução e com a conclusão dos laudos periciais da Polícia Científica a investigação avançará.
A Polícia suspeita que as mortes tenham ocorrido no dia do desaparecimento – quinta-feira – e investigam como eles foram parar em Votuporanga. Há a possibilidade do carro ter sido abordado no trajeto entre Olímpia e Rio Preto.
Quanto à morte da mãe – Mirele Tofolete – e da filha – Isabelly – a hipótese mais provável atualmente admitida pela Polícia é de que foram executadas para ‘queima de arquivo’.
Na terça-feira, 02, surgiram imagens de Mirele empunhando armas de fogo em publicações sociais. Há informações ainda não confirmadas de que ela trabalhou em uma loja de vendas de armas.
A informação publicada pelo ‘O Extra.net’, com exclusividade na região, de que Anderson estava em liberdade condicional e que tinha vários processos criminais, inclusive por tráfico de drogas, foi confirmada pela Polícia.
O delegado de Polícia Marcelo Pupo, que também trabalha nas investigações afirmou que há registro de uma ligação do celular de Isabely para o 190 da Polícia Militar mas os celulares das vítimas não foram encontrados. Diferentemente do que afirmam alguns sites de notícias, a perícia não encontrou digitais no automóvel da família. No veículo foram apreendidas capsulas de pistola 9 milímetros.
Encontro dos corpos
Foi encontrado na segunda-feira, 01, em um canavial, próximo à Estrada Rural do ‘27’, na área do município de Votuporanga, os corpos da família olimpiense que estava desaparecida desde quinta-feira, 28. A localização foi na via que liga Votuporanga a Sebastianópolis do Sul, no acesso à Comunidade Nova Vida e ao Bairro do Cruzeiro.
Havia sinais de execução com armas de fogo, sendo que duas vítimas estavam dentro do veículo (a mãe e a filha) e outra caída fora do carro (o pai).
As Polícias Militares, Civil e Científica foram no local em busca de provas que possam identificar a autoria do assassinato.
Há informações de que o pai – Anderson Givago Marinho – possui cerca de 30 processos em curso na Justiça, vários deles por tráfico de drogas, sendo que ele cumpria sentença em regime de liberdade condicional.
Mãe, pai e filha que estão desaparecidos. Foto: Reprodução / Facebook
Segundo dados do Boletim de Ocorrência, Anderson Marinho, de 35 anos (o pai), acompanhado de Mirele Tofalete, de 32 anos (a mãe) e da filha Isabelly, de 15 anos, saíram de Olímpia com destino a Rio Preto para comemorarem, em um almoço, o aniversário da filha, num trajeto de pouco mais de 40 quilômetros. Após eles não foram mais encontrados e nem fizeram contatos.