MINUTINHO
Só quinze minutos
Por: Meimei / Chico Xavier
Quando tiveres um quarto de hora à disposição, reflete nos benefícios que podes espalhar.
Recorda o diálogo afetivo com que refaças o bom-ânimo de algum familiar, dentro da própria casa; das palavras de paz e amor que o amigo enfermo espera de tua presença; de auxiliar em alguma tarefa que te aguarde o esforço para a limpeza ou o reconforto do próprio lar; da conversação edificante com uma criança desprotegida que te conduzirá para frente às sugestões de boa vontade; de estender algum adubo a essa ou aquela planta que se te faz útil; e do encontro amistoso, em que a tua opinião generosa consiga favorecer a solução do problema de alguém.
Quinze minutos sem compromisso são quinze opções na construção do bem.
Não nos esqueçamos de que a floresta se levantou de sementes quase invisíveis, de que o rio se forma das fontes pequeninas e de que a luz do Céu, em nós mesmos, começa de pequeninos raios de amor a se nos irradiarem do coração.
CRÔNICA
Uma estória de(do) Amor
Por: Autoria desconhecida
Era uma vez uma ilha onde moravam vários sentimentos, dentre eles a alegria, a tristeza, a vaidade, o amor e muitos outros. Até que numa bela tarde, chegou o triste aviso: a ilha sofreria uma enchente.
Apavorado, o amor tomou a frente e cuidou para que todos os sentimentos se salvassem. Ele então falou:
- Fujam todos, a ilha vai ser inundada!
Os sentimentos correram aos seus barquinhos, para irem a uma ilha vizinha, bem mais alta.
Só o amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais com seu antigo lar. Quando já estava se afogando correu para pedir ajuda. Estava passando a riqueza, num barquinho, e ele disse:
- Riqueza leve-me com você!
Ela respondeu: - Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber!
Alguns minutos após passou então a vaidade e ele pediu:
- Oh! Vaidade. Leve-me com você!
- Não posso você vai sujar meu barco!
Logo atrás vinha a tristeza.
- Tristeza. Posso ir com você?
- Ah Amor! Estou tão triste que prefiro ir sozinha!
Depois passou a Alegria, mas estava tão alegre que nem escutou o Amor chamar por ela.
Já desesperado, achando que ia ficar só, o Amor começou a chorar. Então passou um barquinho onde estava um velhinho, sozinho, que lhe falou:
- Sobe Amor que eu te levo.
O Amor ficou radiante de felicidade que até se esqueceu de perguntar-lhe o nome. Chegando ao morro bem alto, onde estavam os sentimentos, ele perguntou à Sabedoria:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?
Ela respondeu: - O Tempo!
- O Tempo? Mas por que o Tempo?
- Por que só o Tempo é capaz de entender um grande amor - respondeu.
Imagem: Ilustração