O monge e o crucifixo. Um conto de um pedido do Serafim para o Mestre Jesus

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Publicada há 6 meses

MINUTINHO

Cada pessoa que está na Terra tem um objetivo nobre a cumprir

Por: Bezerra de Menezes

Aquele bêbado jogado na calçada, aquele mendigo sem juízo, aquela pessoa drogada caída na sarjeta, aquele velhinho abandonado em um asilo, aquela mulher prostituída que ninguém dá valor, todos esses tem uma missão na Terra e uma finalidade, pois se não tivessem já não estariam mais aqui.

Em nosso preconceito e em nossa ignorância absolvemos e condenamos a todo instante sem saber as razões de cada um. 

Muitas vezes quem está lá embaixo, aqueles que julgamos sem nenhum valor, estão lá justamente para testar nossa verdadeira caridade e mostrar que o mundo dá muitas voltas.

Um dia essas pessoas foram tão “normais” quanto nós, e nós, em toda nossa “normalidade”, um dia poderemos estar como elas para aprendermos valores que hoje ignoramos.

Quem de nós pode dizer onde nossos pés irão tropeçar amanhã?

CRÔNICA

O monge e o crucifixo

Por: site: pt.aleteia.org 

Numa silenciosa e tranquila capela, um monge chamado Serafim pedia ao Senhor, com insistência, para tomar o lugar dele na Cruz, pois queria imitar em tudo o Mestre. O Crucificado aceitou, mas colocou uma condição: “Que você fique calado”!

O monge acostumado com o silêncio rigoroso e a vida disciplinada concordou. Imediatamente e, sem titubear, lá estava Serafim sobre a Cruz. 

Alguns instantes depois entrou um homem rico para rezar e, enquanto rezava, caiu do seu bolso um pacote de dinheiro. Serafim quis logo avisá-lo, mas se conteve e ficou calado.

Logo em seguida entrou um mendigo e, assim que começou a rezar, viu o pacote de dinheiro no chão. Olhou de um lado e do outro. Não havia ninguém. Pegou o dinheiro e saiu. Serafim ficou agoniado querendo dizer que não se poderia fazer aquilo, mas como tinha prometido ficar calado, calado ficou.

Depois entrou um rapazinho e começou a pedir ao Crucificado ajuda e proteção, pois iria embarcar para uma longa e perigosa viagem por mar. Naquele momento entrou o homem rico com a Polícia dizendo que havia esquecido o dinheiro na Capela. A única pessoa que estava ali era aquele rapaz, então os guardas o prenderam.

  Daí Serafim não aguentou mais ficar calado e do alto da Cruz bradou: “Ele é inocente”! Todos ficaram confusos, sem saber de onde vinha aquela voz, mas agora cheios de dúvidas, fizeram várias indagações e decidiram soltar o rapaz. O rapaz pode então embarcar para a sua viagem. Prenderam o mendigo que, de fato, estava com o dinheiro, o qual foi devolvido ao verdadeiro dono: o homem rico.

No final da tarde, Jesus apareceu com o rosto triste e repreendeu severamente o monge Serafim: 

- Assim não dá Serafim! 

Com a cara mais ingênua que conseguiu fazer, perguntou: 

-Mas, por que, Senhor? 

E Jesus completou: 

- Eu lhe disse pra ficar calado. 

O monge falou timidamente, mas com certa firmeza: 

- Mas eu só fiz o que era o certo fazer. Fiz o que era justo.

Então disse o Senhor com doçura: 

- Não, Serafim, você errou tudo. Você deveria ter ficado calado, como me prometeu. Pelo contrário, falando você atrapalhou os meus planos. Aquele rico estava para fazer uma coisa muito errada com aquele dinheiro e eu fiz com que ele o perdesse na Capela. O pobre tinha necessidade urgente daquele dinheiro e eu fiz com que ele o encontrasse. O rapaz que embarcou está nesse momento afundando no mar e ele tinha me pedido ajuda. Se ele tivesse ficado na Cadeia somente por algumas horas, teria perdido o navio e não estaria agora morto no fundo do mar. Serafim, aprenda a lição: a minha Providência conduz todas as coisas melhor do que você, mesmo quando, aparentemente, parecem estar erradas”.

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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