Crônica: Você pode fazer a diferença - Uma professora e seu pupilo

Crônica: Você pode fazer a diferença - Uma professora e seu pupilo

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Publicada há 1 mês

Minutinho

Nem tudo é fácil

Por: Autoria desconhecida

É difícil fazer alguém feliz. Assim como é fácil fazê-la triste.

É difícil dizer eu te amo. Assim como é fácil não dizer nada.

É difícil ser fiel. Assim como é fácil se aventurar.

É difícil valorizar um amor. Assim como é fácil perdê-lo para sempre.

É difícil agradecer por hoje. Assim como é fácil viver mais um dia.

É difícil abrir os olhos e enxergar o que de bom a vida lhe deu. Assim como é fácil fechá-los e mentalizar os bens materiais que deseja.

É difícil se convencer de que é feliz. Assim como é fácil achar que sempre falta algo. 

É difícil fazer alguém sorrir. Assim como é fácil fazer chorar.

É difícil se por no lugar de alguém. Assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.

Se você errou, peça desculpas... É difícil pedir perdão? 

Mas quem disse que é fácil ser perdoado?

Se alguém errou com você, perdoe-o! É difícil perdoar? 

Mas quem disse que é fácil se arrepender? 

Se você sente algo, diga... É difícil se abrir? 

Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?

Se alguém reclama de você, ouça... É difícil ouvir certas coisas? 

Mas quem disse que é fácil ouvir você?

Se alguém te ama, ame-a... É difícil se entregar? 

Mas quem disse que é fácil ser feliz?

Nem tudo é fácil na vida... Mas, com certeza, nada é impossível... Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos estes sonhos, realidade.

Crônica

Você pode fazer a diferença

Por: Autoria desconhecida

Era início de ano letivo. A garotada em êxtase pelas novidades; os professores na expectativa de conhecer seus novos pupilos e, na classe da professa Sra. Thompson, uma das mais antigas daquele popular colégio, já estavam todos a postos, ouvindo atentamente suas recomendações e advertências. Dentre tantos deles, quase todos vindos de anos anteriores e professores conhecidos, devidamente trajados e bem postados, estava um, que contraria todas as boas avaliações de seus coleguinhas: mal vestido, mal cheiroso e com aparência de desleixo. Eis o Teddy.

A primeira impressão não poderia ser pior – avaliou Sra. Thompson. Bem que ele merece umas notas vermelhas, só por advertência, pensou a professora, enquanto se dirigia para uma reunião de mestres, na qual participariam todos os educadores da escola. Lá se expunha a ficha de cada um dos alunos, a fim de que os mestres conhecessem melhor seus alunos. E a grande surpresa veio quando se iniciou a leitura do currículo de Teddy. 

“Teddy é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele”, avaliou a professora do primeiro ano.

A professora do segundo ano escreveu: “Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil para ele”.

Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: “A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo”.

A professora do quarto ano escreveu: “Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dormem na sala de aula”.

 A Sra. Thompson se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando se lembrou dos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel marrom de supermercado. Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Lembrou-se, ainda, que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe. Naquele dia, depois que todos se foram, a professora Thompson chorou por longo tempo...

Imagem: Ilustração

Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy. Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida. Seis anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.

Mas a história não terminou aqui. 

A Sra. Thompson recebeu outra carta, em que Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy anos antes, e também o perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: 

- Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.

Mas ela, com os olhos banhados em pranto, sussurrou baixinho: 

- Você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.


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