Ritual de passagem: Um conto Cherokee

Ritual de passagem: Um conto Cherokee

Leia também: Vacinas da alma. Por: André Luiz / Chico Xavier

Leia também: Vacinas da alma. Por: André Luiz / Chico Xavier

Publicada há 4 meses

MINUTINHO

Vacinas da alma

Por: André Luiz / Chico Xavier

Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão. Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem. Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias. Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã. 

Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos. 

Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando. 

Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações. 

Por isso, tão logo a ideia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação. 

CRÔNICA

Ritual de passagem

Por: Autoria desconhecida

O pai, velho guerreiro, leva o filho, jovem índio, para o alto da montanha durante o final da tarde. Venda-lhe os olhos e deixa-o sozinho. 

O filho se senta sozinho no topo e durante toda a noite estava proibido de remover a venda até os primeiros raios de sol anunciassem a chegada do novo dia. 

Ele não pode gritar por socorro para ninguém, afinal, se ele passar a noite toda lá, será considerado um homem pelo seu pai e um guerreiro pelo restante da tribo. 

Ele também não pode contar a experiência aos outros meninos porque cada um deve tornar-se homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido. 

Com o adentrar da noite, o menino está naturalmente amedrontado. Ele já pode ouvir toda espécie de barulho. 

Os animais selvagens devem estar ao seu redor, imagina. Talvez alguns outros índios, de tribos inimigas, possam até vir feri-lo. Os insetos e cobras devem estar prontos para atacar - imagina.

E nesse estado ele começa a enfrentar o frio, a fome e sede.

O vento sopra a grama e a terra sacode os tocos, mas ele se senta estoicamente, nunca removendo a venda. 

Segundo os Cherokees, este é o único modo de um menino vir a se tornar um homem.

Finalmente amanhece e surgem os primeiros raios do novo dia, quando então a venda é, pelo agora guerreiro, removida. Quando então ele olha para o lado e descobre seu pai sentado, ali mesmo na montanha, pertinho dele. 

Você não vê alguma similitude entre essa relação e a de Deus com você?

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

últimas