MINUTINHO
Dia dos Pais é o Dia de Deus
Por: Emmanuel / Chico Xavier
Pensando em Deus, pensa igualmente nos homens, nossos irmãos.
Detém-te, de modo especial, na simpatia e no amparo possível, em favor daqueles que se fizerem pais ou tutores.
As mães são sempre revelações angélicas de ternura, junto aos sonhos de cada filho, mas é preciso não esquecer que os pais também amam…
Esse perdeu a juventude, carregando as responsabilidades do lar; aquele se entregou a pesados sacrifícios, apagando a si mesmo, para que os filhos se titulassem com brilho na cultura terrestre; outros se escravizaram a filhinhos doentes; muitos foram banidos do refúgio doméstico, às vezes, pelos próprios descendentes, exilados que se acham em recantos de imaginário repouso, por trazerem a cabeça branca por fora, e, em muitas ocasiões alquebrada por dentro, sob a carga de lembranças difíceis que conservam em relação aos infortúnios que atravessaram para que a família sobrevivesse, e, ainda outros renunciaram à felicidade própria, a fim de se converterem nos guardais da alegria e da segurança de filhos alheios!…
Compadece-te de nossos irmãos, os homens, que não vacilaram em abraçar amargos compromissos, a benefício daqueles que lhes receberam os dons da vida.
Ainda mesmo aqueles que se transviaram ou enlouqueceram, sob a delinquência, na maioria dos casos, nos merecem respeitoso apreço pelas nobres intenções que os fizeram cair.
A vida comunitária, na Terra de hoje, instituiu datas de homenagens às profissões e pessoas.
Lembrando isso, reconhecemos, por nós, que o Dia das Mães é o Dia do Amor, mas reconhecemos também que o Dia dos Pais é o Dia de Deus.
CRÔNICA
Um pai herói
Por: Autoria desconhecida
Um homem, com cerca de 38 anos, tinha enormes cicatrizes no rosto. Suas marcas eram tão salientes que lhe deformavam a face. Em qualquer ambiente ou ocasião em que ele estivesse as pessoas ficavam chocadas com a sua aparência. Para completar, era paraplégico e andava de cadeira de rodas.
Tinha um filho. O seu nome era Rodolfo, que tinha muita vergonha do estado físico de seu pai. E assim ele cresceu. Tentando escondê-lo. Não chamava os amigos para frequentar sua casa, nem o pai para participar de reuniões e festividades da escola.
Até que certo dia Rodolfo contraiu uma gripe forte e faltou à aula. Por causa de um trabalho urgente dado pela professora, os colegas foram até sua casa, sem avisar. Quando viram aquele homem ficaram atônitos. E Rodolfo – seu filho - mais ainda.
- Não se preocupem, sei que sou bonitão – disse bem humorado, o desfigurado homem.
E os garotos perceberam a doçura daquele homem mutilado pela vida. Enquanto faziam o trabalho tiveram algumas dúvidas e pediram ajuda ao homem feio, que os atendeu e lhes mostrou sua admirável cultura, pois lia mais de um livro por semana. Após o término da tarefa, uma pergunta fatal. Alguém indagou por que ele estava naquela situação.
Rodolfo ficou vermelho e preocupado, pois os pais nunca haviam lhe falado o porquê. Sempre evitaram a resposta. Então aquele homem dócil resolveu aproveitar a oportunidade para contar o que havia acontecido no passado.
Quando Rodolfo ainda era um bebê, eles fizeram uma viagem e se hospedaram num hotel-fazenda. Ausentaram-se, ele e a mãe, por algum tempo, deixando Rodolfo com a babá. Quando retornavam perceberam que o hotel estava em chamas. Desesperado, o pai se embrenhou pelo meio do fogo e resgatou o filho. Mas no exato momento que entregou o bebê ao bombeiro, uma viga caiu sobre sua coluna jogando-o no chão, e as labaredas provocaram sérias queimaduras no seu rosto.
Então, com profunda ternura, o pai de Rodolfo falou:
- A vida de meu filho era mais importante que a minha. Eu poderia morrer, mas lutei para salvar a dele.
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