EDUCAÇÃO

Dia dos Pais: quando pais e filhos são parceiros em sala de aula

Dia dos Pais: quando pais e filhos são parceiros em sala de aula

Gerações diferentes provam que vontade de aprender supera limite de idade

Gerações diferentes provam que vontade de aprender supera limite de idade

Publicada há 4 meses

Da Redação

Eles são de gerações diferentes, mas compartilham o desejo de um futuro melhor por meio dos estudos. Em homenagem ao Dia dos Pais, conheça algumas histórias de pais, filhos e filhas que dividem o ambiente acadêmico das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado.

Guaíra

Na Etec de Guaíra, Victor Hugo Garcia cursa a terceira série do Ensino Médio integrado ao Técnico em Administração durante o dia e o técnico em Seguros à noite. É lá que encontra diariamente seu ídolo, o pai Alan Garcia, que voltou aos bancos escolares depois de muitos anos.

“Diferentemente de mim, ele começou a trabalhar muito cedo e não demonstrou interesse em seguir uma faculdade até eu nascer. Acreditava que conseguiria alcançar seus sonhos apenas com esforço, mas hoje faz o possível para que eu siga um caminho diferente”, conta o filho.

Victor cresceu vendo os pais trabalhando de manhã até a noite, chegando cansados e doloridos pelo esforço físico. Alan foi motorista, borracheiro e teve uma coleção de outros empregos antes de decidir estudar para buscar uma carreira.

“Ele se arrepende de não ter estudado antes e sempre me diz que ‘a caneta é mais leve que a enxada’. Fiz a inscrição dele para o curso técnico em Segurança do Trabalho e aos poucos ele se convenceu que ainda tem idade para estudar e buscar um futuro melhor”.

Ribeirão Preto

Na Etec José Martimiano da Silva, Rômulo Rosseto Petek é aluno do curso técnico em Edificações período noturno, enquanto o enteado Enzo Barrocal Stoppa cursa o Ensino Médio integrado ao Técnico em Administração em período integral. Foi o padrasto que insistiu para o garoto recém-formado na Educação Fundamental optar pelo Ensino Técnico.

“Comecei a namorar com a mãe do Enzo quando ele tinha só oito anos, então temos uma relação de pai e filho mesmo. Fiz um acordo, se ele entrasse na Etec ganharia o computador, e deu certo”, conta Rômulo. “Ter meu ‘paidrasto’ na Etec é um apoio a mais na hora de estudar. Ele é uma grande referência para mim. Vamos nos formar no mesmo ano, motivo de sobra para comemorar”, completa Enzo.

Juntos na cozinha

Luiz Fernandes da Costa incentivou a filha, Elis Fernanda Gonçalves Fernandes da Costa, a procurar o curso técnico em Gastronomia da Etec José Martimiano da Silva, em Ribeirão Preto. Aos 59 e 29 anos, os dois já estavam em outras profissões, mas dividiam o prazer de cozinhar.

“Eu havia prestado Vestibulinho no primeiro semestre de 2023, mas não consegui iniciar o curso por uma série de viagens. Quando soube que a Elis estava animada para entrar, prestei Vestibulinho de novo no segundo semestre e passei em primeiro lugar”, conta o pai. “Neste meio tempo começamos a trocar receitas e iniciamos o curso juntos, na mesma turma. Tem sido uma experiência ótima!”, completa a filha.

Como não vivem juntos, a Etec garantiu um tempo diário de convivência e a parceria só cresceu. Estão sempre no mesmo grupo nas aulas práticas, formaram dupla para o trabalho de conclusão de curso (TCC) e até cogitam um futuro negócio depois de formados.

“Decidi fazer o curso para aprender a cozinhar e ser um melhor anfitrião, mas não descarto a possibilidade de empreendermos juntos fazendo massas em festas”, empolga-se o pai.

Sorocaba

Na Etec Armando Pannunzio, de Sorocaba, Gustavo Sampaio Alves e Etori Matheus Moreira Alves compartilham a vocação para Automação Industrial. O filho cursa a terceira série do Ensino Médio integrado ao Técnico em período integral, enquanto o pai cursa o terceiro módulo do Ensino Técnico noturno.

“Os professores são atenciosos e os trabalhos práticos ajudam muito o aprendizado. Fiz ótimos amigos aqui, o que tona o dia a dia mais divertido e significativo” conta Gustavo. “Ser aluno da Etec é uma experiência incrível, ainda mais com a possibilidade de me formar junto com o meu filho. Isso prova que o ensino aplicado aqui se emprega a qualquer idade e a várias gerações”, completa Etori.

Arte: Divulgação

Fonte: Assessoria de Comunicação Centro Paula Souza

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