Crônica: Reação na medida certa - O castigo de um pai!

Crônica: Reação na medida certa - O castigo de um pai!

Leia também: Leviandade afetiva - Por: Irmão José / Carlos Baccelli

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Publicada há 1 mês

MINUTINHO

Leviandade afetiva

Por: Irmão José / Carlos Baccelli

Não exerças domínio psicológico sobre ninguém.

Nem submetas quem quer que seja aos teus caprichos.

A escravidão afetiva é um dos piores males que o homem pode causar ao semelhante.

Quem verdadeiramente ama trabalha pela independência da pessoa amada.

A leviandade com o sentimento daqueles que se te rendem às promessas não passa desapercebida da Lei.

O que fizeres aos outros, na mesma proporção, haverá de ser feito a ti.

O que hoje desdenhas amanhã suplicarás.

Trabalha pelo crescimento dos que Deus te confiou à guarda e te farás admirado por eles.

Não os mantenha à mercê da tua vontade opressora como quem sempre os deseja em condição subalterna.

CRÔNICA

Reação na medida certa

Por: Autoria desconhecida

 Eu pude presenciar quando meu irmão pequeno foi apanhado em flagrante. Ele se agachou no canto da sala, com um dos livros preferidos de meu pai em uma das mãos e com uma caneta na outra. Ele sabia que havia feito uma arte e meu pai, coincidentemente, acabara de entrar na sala. De longe vi que meu irmão tinha rabiscado toda a primeira página do livro. Com um olhar de grande temor, eu e meu irmão esperávamos pelo castigo que viria. Porém papai pegou seu hinário de estimação, olhou atentamente para os rabiscos e sem dizer uma palavra ele sentou-se. Silêncio geral!

Ele dava muito valor aos livros mas também nos amava muito. O que ele fez em seguida foi notável. Uma lição de vida! 

Ao invés de castigar meu irmão, de ralhar, gritar ou repreender, ele tomou-lhe a caneta e escreveu ao lado dos rabiscos: “Palavras do meu filho Marquinhos, dois anos de idade, 2009. Eu agradeço muito a Deus pelo meu filho que acaba de rabiscar o meu livro. Sempre o notei olhando com ternura e com muita atenção para mim e estes rabiscos servirão para que me lembre dele e de seus irmãos por toda a minha vida”.

Eu pensei isso é castigo? 

De vez em quando eu pego um livro e dou a meus filhos para rabiscarem e depois escrevo ao lado o nome deles. E quando olho para aquela arte eu me lembro de meu pai e do quanto me ensinou sobre o que é mais importante: pessoas e não objetos; tolerância e não julgamento; amor que está no mais profundo do coração da família. Eu penso nessas coisas e sorrio... E sussurro, “obrigado, papai”!

Foto: Reprodução / Redes Sociais

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