Uma meganegociação está em tramite no meio empresarial nacional, embora nenhuma das partes, como sempre em transações desse porte, confirmem-na.  

Aliás, por parte da cervejaria há até negativas.

Trata-se de eventual alienação do Grupo Petrópolis, do empresário fernandopolense Walter Faria, para os irmãos Wesley e Joesley Batista, aqueles mesmos: controladores do Grupo J&F e uma infinidade de empresas Brasil afora.

Informações publicadas inicialmente pelo colunista Lauro Jardim do Globo indicam que eles podem investir na aquisição de 50% da cervejaria que detém cerca de 12% do mercado nacional com as marcas Itaipava, TNT, Crystal, dentre outras.

O Grupo Petrópolis negou a negociação e afirmou que é constantemente alvo de especulação:

“Isso só reforça o quanto nosso negócio é bom”, disse em nota.

Mas, porém, entretanto...

Empréstimo bancário de quem?

Apesar das negativas, ontem, 20/01/2025, Valter Faria fechou um empréstimo, segundo o jornal Valor Econômico, no valor de R$ 328 milhões com o Banco Original, com vistas à quitação de dívidas urgentes e manutenção da operacionalidade, pois seu conglomerado continua em recuperação judicial com débitos de mais de R$ 4,4 bilhões.

E adivinhem quem são os controladores do Banco Original?

Bingo!

Os irmãos Batista.

Mas acautelemo-nos!

A bem da verdade, o empréstimo não tem ações da cervejaria como garantia, ou seja, a atual transação não representa um primeiro passo para a transferência acionária.

Enquanto isso, no mercado nacional de bebidas, a tentativa é avaliada como impactante, porém com dimensões ainda não mensuráveis.

Há equiparações dos efeitos dessa eventual aquisição com a da Brasil Kirin pelo Heineken em 2016.

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