SAÚDE
Saúde: Equipe alerta para novos surtos que podem atingir município
Saúde: Equipe alerta para novos surtos que podem atingir município
Agentes explicam tipos de doenças; Secretário anuncia reformas de 5 UBSs
Agentes explicam tipos de doenças; Secretário anuncia reformas de 5 UBSs
Da Redação
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 20, no Auditório do Paço Municipal, o secretário de Saúde José Martins Pinto Neto, o médico infectologista Márcio Gaggini, a enfermeira Aline Furlan, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e a também enfermeira Kelgissane Bruzzon, do Programa de Imunização do Município, alertaram a população sobre o sério risco de Fernandópolis sofrer novos surtos de doenças infecciosas nas próximas semanas.
Antes, porém, José Martins deu uma boa notícia: segundo informou, o prefeito João Paulo Cantarella e o Presidente da Câmara Daniel Arroio conseguiram através da deputada estadual Analice Fernandes uma verba governamental de R$ 1 milhão para a reforma de cinco Unidades Básicas de Saúde: Jardim Araguaia, Jardim Guanabara, Parque Universitário, Jardim Santa Bárbara e Jardim Rio Grande.
Em sua viagem a São Paulo, o prefeito Cantarella fez também contatos em busca de recursos para a Saúde e outras demandas. O tema principal da entrevista com o quarteto de especialistas da Saúde dizia respeito às estratégias que já foram ou serão adotadas para cada tipo de doença já disseminadas ou em risco de acontecerem. O médico Márcio Gaggini afirmou que “tem a felicidade de ver” que o trabalho desenvolvido em relação à epidemia de dengue apresenta bons resultados.
DENGUE
O infectologista revelou que em meados do ano passado o número de casos já era preocupante, fazendo prever, para o período das chuvas que sempre caem no verão, a grande possibilidade de epidemia, o que de fato ocorreu. “Chegamos a ter 28 pacientes internados simultaneamente, um recorde, por volta de quinze ou vinte dias atrás”, revelou Gaggini.
Ele esteve na quarta-feira na Santa Casa e constatou que o número de casos de internação por dengue caiu bastante, e não se registraram mais mortes. “Também em meu consultório, os pacientes com dengue já diminuíram bastante, graças à ação da Saúde Pública”, disse.
A enfermeira Aline Furlan explicou que a primeira estratégia “é tentar não entrar em epidemia; se isso ocorrer, a prioridade passa a ser lutar contra os óbitos”.
Aline garantiu que, depois da adoção das diversas estratégias de combate à dengue, não houve mais mortes em Fernandópolis. Entre outras ações, estão o “Fumacê”, a eliminação dos criadouros de larvas e a nebulização veicular, que no conjunto fizeram a epidemia regredir.
A enfermeira Kelgissane narrou que, em 2024, o Ministério da Saúde privilegiou a vacinação contra a dengue nas cidades com mais de 100 mil habitantes, o que pode ser um dos fatores para a epidemia ocorrida em Fernandópolis.
FEBRE AMARELA
O secretário José Martins passou a alertar sobre o risco de nova doença: a febre amarela. “Desde 1942, não tínhamos casos de febre amarela urbana. O mosquito transmissor é o Aedes aegypti”.
De acordo com o Secretária da Saúde, desde o início deste ano há houve notificação de 14 casos de febre amarela silvestre, com nove mortes. A maioria dos casos ocorreu no “circuito das águas” paulista (região de Lindoia).
Márcio Gaggini explicou que o Aedes transmite também a zika e a chicungunya, e os sintomas são parecidos com os da dengue. Aline Furlan alertou os produtores rurais e mesmo os moradores da cidade para que, em caso de encontro de um macaco morto, devem comunicar o fato imediatamente ao Centro de Zoonoses e não tocar no animal, pois ele pode ter morrido por febre amarela silvestre ou raiva animal.
CARNAVAL
Kelgissane aconselha a quem vai viajar no Carnaval que verifique a situação de sua carteira de vacinação. “Quem não se vacinou, procure tomar as vacinas”, sugeriu. E há ainda um novo tipo de doença: a oropouche. Segundo José Martins, “95% dos casos estão no Espírito Santo, mas podem chegar ao resto do país, inclusive à nossa região”, considerou.
COVID
Finalmente, a equipe analisou as estatísticas dos casos de dengue em janeiro e fevereiro. No primeiro mês do ano, houve 66 casos confirmados. Em fevereiro, só nos primeiros dezenove dias, foram 87. Aline Furlan afirmou que “o COVID já está na nossa rotina”. Kelgissane avisou que a Central da Saúde já dispõe de todas as vacinas, inclusive contra a COVID.
Fonte: Secretaria de Comunicação de Fernandópolis