Crônica: O Guardião da Rodoviária - A incrível vida de um gatinho

Crônica: O Guardião da Rodoviária - A incrível vida de um gatinho

Minutinho: Lembrança de um amigo - Por: Emmanuel / Chico Xavier

Minutinho: Lembrança de um amigo - Por: Emmanuel / Chico Xavier

Publicada há 5 horas

Minutinho:

Lembrança de um amigo

Por: Emmanuel / Chico Xavier

Não acredites em facilidades.

Muitas aflições nos fustigam o espírito, diante de nossos próprios caprichos desatendidos.

Não aguardes dinheiro farto ou mesmo excessivo para que te sintas feliz. 

Agradece aos Céus a possibilidade de trabalhar, porquanto o trabalho te garantirá a subsistência e a subsistência daqueles corações que se te fazem queridos.

Não esperes a felicidade para que possas realizar os próprios desejos.

A saciedade talvez seja a véspera da penúria, a cujas provações possivelmente não conseguirás resistir.

Não creias que uma personalidade humana, colocada nos píncaros do poder, disponha de recursos para solucionar todos os problemas que te enxameiam a existência.

É provável que essa pessoa, merecidamente importante, esteja carregando um fardo de tribulações mais pesado do que o teu.

Se pretendes viver fora das inquietações do cotidiano, não exijas dos outros aquilo que os outros ainda não possuem para dar.

Se queres viver nas alegrias da consciência tranquila, auxilia ao próximo o quanto puderes, trabalha sempre e confia em Deus.

Crônica:

O Guardião da Rodoviária

Por: Mundo Animal

Na tranquila cidade de Monte Azul, havia um pequeno herói de quatro patas que conquistava corações sem dizer uma única palavra. Seu nome era Tico — um gatinho laranja de olhos dourados como o pôr do sol, conhecido por todos como o “Guardião da Rodoviária”.

Tico não era apenas mais um gato de rua. Ele era o consolo de quem partia com saudade, o carinho silencioso de quem chegava cansado da estrada. Sempre ali, no mesmo canto da plataforma, como se fizesse parte da paisagem… ou da alma daquele lugar.

Mas por trás da sua presença fiel, havia uma história que poucos conheciam.

Tico foi adotado por seu João, um senhor solitário e cheio de histórias. Todos os dias, os dois caminhavam até a rodoviária. Seu João sentava num banco e, com Tico no colo, falava das cidades, dos cheiros do mundo, dos lugares onde nunca estiveram, mas que ele conhecia através de livros e lembranças. Para Tico, cada palavra era um carinho.

Até que, num dia comum como tantos outros, seu João se despediu:

— “É só uma consulta na capital, viu, Tico? Volto logo.”

Mas ele nunca voltou.

Desde então, o que era hábito virou missão.

Tico passou a ir todos os dias à rodoviária, sentava no mesmo lugar e observava cada ônibus que chegava. Seus olhos varriam cada rosto, como se procurassem aquele que prometeu voltar.

Os funcionários da rodoviária logo notaram sua fidelidade. Deram comida, água, carinho… até uma caminha sob a marquise. Mas ninguém conseguia convencê-lo a sair dali. Porque no coração de Tico, ainda morava a esperança.

E enquanto houvesse esperança, ele esperaria.

O tempo passou. Anos. Mas Tico nunca faltou um só dia. E com o tempo, virou símbolo da cidade. Turistas vinham só para vê-lo. Crianças deixavam bilhetinhos de amor. Artistas pintavam murais com seu rosto. E a cidade colocou uma plaquinha no seu cantinho:

“Aqui descansa Tico, o gato que ensinou Monte Azul o que é lealdade.”

Mesmo sem miar uma palavra, Tico dizia tudo com os olhos:

O amor verdadeiro não tem pressa. Ele espera. Sempre.

Foto: Reprodução / Facebook

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