Minutinho: Eu me coloquei no seu lugar
Por: Autoria desconhecida
Coloquei-me em seu lugar...
Não na hora que lhe deram o primeiro, dos incontáveis açoites que viriam a seguir.
Nem na hora que lhe colocaram a coroa de espinhos; nem na hora que o fizeram carregar, morro acima, a pesada cruz.
Nem na hora que você tombou ao peso dela; nem na hora em que cravos imensos atravessaram seus pulsos e seus pés.
Nem na hora que lhe deram vinagre, quando implorou água; nem nas tormentosas horas que precederam a sua morte, cujo sofrimento, todas as palavras do mundo não poderiam descrever.
Era a consumação e você sabia que a libertação estava próxima. Sabia também que estava levando consigo todos os pecados dos homens, conforme orientação de seu Pai.
Eu me coloquei no seu lugar durante a sua vida.
A sua força para fazer-se entender por corações endurecidos e ignorantes.
A sua imensa solidão por ter tanto a ensinar e tão poucos ouvidos para compreendê-lo.
O trazer ao mundo toda a Luz e, ainda assim, ser invisível para tantos.
O poder ler os pensamentos dos homens e ver que, mesmo diante de todas as provas e de todos os milagres, duvidavam e engendravam formas de liquidá-lo covardemente.
Sua sagrada hora no horto, quando anteviu tudo que adviria e, estando dentro de um corpo humano, sentiu medo. Tanto medo, a ponto de suar sangue e rogar a Seu Pai que, se possível, o livrasse daquele cálice, mas que se fizesse a vontade Dele e não a Sua.
Jesus! Você esteve sempre imensamente só, porque até os que o amavam desertaram na hora da sua extrema paixão.
E hoje, passados mais de dois mil anos, quantos ainda o negam?
Crônica: Acreditar e agir
Por: Meimei
Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino. Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro. O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho.
O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro, agir. Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.
O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas, sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante. Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem. Então, o barqueiro disse ao viajante:
Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir. Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos, ao mesmo tempo, e com a mesma intensidade: agir e acreditar. Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos. É preciso também agir, para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta. Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.
O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.