Da Redação / Iturama em Foco

Fotos: PCMG

Na manhã desta terça-feira (27), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a segunda fase da Operação Martelo Virtual, com o cumprimento de 24 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão em 12 cidades dos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro.

A operação tem como alvo uma organização criminosa especializada em golpes por meio de sites falsos de leilões online. As investigações apontam que o grupo também praticava lavagem de dinheiro e atuou em pelo menos oito estados brasileiros, causando prejuízos que ultrapassam R$ 18 milhões em um ano.

Esquema enganava vítimas com anúncios atrativos de veículos abaixo do mercado

Segundo a PCMG, os criminosos criavam páginas eletrônicas com aparência profissional, simulando plataformas legítimas de leilões. Ofereciam carros e motocicletas a valores abaixo do mercado, induzindo as vítimas a realizar pagamentos antecipados. Após o depósito, os bens não eram entregues.

Estima-se que mais de 250 pessoas tenham caído no golpe, com perdas individuais chegando a R$ 200 mil. O esquema foi identificado após denúncias feitas por moradores de Frutal, no Triângulo Mineiro — cidade onde se iniciaram as investigações em 2023.

Além das prisões, há bloqueio de bens e busca por provas em endereços ligados à quadrilha.

Durante a operação, equipes da Polícia Civil realizaram buscas em imóveis associados aos suspeitos, apreendendo documentos, equipamentos eletrônicos e outros materiais relacionados ao crime. Também foram determinados o sequestro e a indisponibilidade de bens e contas vinculadas à atividade criminosa.

A primeira fase da operação, realizada em abril deste ano, já havia revelado que o grupo movimentou mais de R$ 1 milhão em apenas um mês.

Polícia alerta população sobre segurança em transações online

A Polícia Civil reforça a importância de verificar a veracidade de sites e plataformas antes de qualquer negociação financeira. A orientação é de que vítimas que ainda não registraram boletim de ocorrência procurem uma delegacia especializada ou usem canais digitais de denúncia.

O caso segue sob investigação e pode resultar em novas ações policiais e medidas judiciais contra os envolvidos.