NA HORA DO SAQU

Fernandopolenses não encontram dinheiro na conta inativa do FGTS

Fernandopolenses não encontram dinheiro na conta inativa do FGTS

No país, 200 mil empresas devem Fundo de Garantia a 7 milhões de trabalhadores; caso o dinheiro não estiver na conta, trabalhador precisa cobrar a empresa

No país, 200 mil empresas devem Fundo de Garantia a 7 milhões de trabalhadores; caso o dinheiro não estiver na conta, trabalhador precisa cobrar a empresa

Publicada há 7 anos

Por Breno Guarnieri


Em Fernandópolis, o dinheiro das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não foi motivo de alegria pra todos os trabalhadores que têm direito ao saque. O Ministério do Trabalho tem recebido centenas de denúncias por dia de pessoas que não encontraram nada nas contas.


No país, desde que o governo anunciou a liberação do saque das contas inativas do FGTS, foram denunciadas 5.341 irregularidades que os patrões cometeram nos depósitos. O número de trabalhadores prejudicados, segundo o Ministério do Trabalho, pode ser bem maior já que várias denúncias podem partir de um sindicato que representa sozinho centenas de trabalhadores, gente que vai ter que correr para cobrar os depósitos atrasados e conseguir sacar o dinheiro.


Problemas por aqui!

A fernandopolense Paula Manais, 29 anos, enfrenta o problema: “Só aparece uma empresa, mas no caso eu tenho outras empresas também que não estão aparecendo no total para poder receber”, explica.


A jovem passou por quatro empresas. Foi ela quem pediu “as contas”, mas, na hora de sacar o dinheiro, o susto: somente uma das empresas em que ela trabalhou depositou o FGTS. “Muito frustrante”, acrescenta.


Fabiano Paulino, 31 anos, também enfrenta o mesmo problema: “Não aparece nenhuma empresa, e no meu caso eu tenho duas empresas. Elas não aparecem no sistema e, com isso, não consegui sacar o meu dinheiro”, resume.


Entre contas inativas e ativas

Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda, entre contas inativas e ativas 200 mil empresas no país devem o FGTS a 7 milhões de trabalhadores.


Caso o dinheiro não estiver na conta, o trabalhador precisa cobrar da empresa. Caso o antigo patrão não depositar, o caminho é buscar a Justiça. Mas atenção: só dá para recorrer até dois anos após o fim do contrato de trabalho. Depois disso, não tem mais jeito. O prazo para os saques na conta inativa do FGTS acaba em julho e a ação na Justiça pode demorar muito mais.


Retirada do dinheiro

Para o advogado trabalhista Dr. Diego Guarnieri, mesmo se o depósito for feito depois do prazo, o juiz pode determinar a retirada do dinheiro. “Já que a culpa não foi do empregado e este não deve ser penalizado por causa disso, que a Caixa Econômica faça, autorizando os depósitos e a retirada desses depósitos pelo empregado”, explica.



Caso o dinheiro não estiver na conta, trabalhador precisa cobrar a empresa


 



últimas