AQUICULTURA
No Dia Mundial da Água, Instituto de Pesca apresenta projeto inédito
No Dia Mundial da Água, Instituto de Pesca apresenta projeto inédito
Instituto realizará palestras com a temática água no Parque da Água Branca, na Capital paulista, a partir das 12h30
Instituto realizará palestras com a temática água no Parque da Água Branca, na Capital paulista, a partir das 12h30
Assessoria de Imprensa APTA
No Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, o Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizará palestras para mostrar a importância da água para a vida e a produção de alimentos. Durante o evento, os pesquisadores do instituto apresentarão informações sobre projeto de pesquisa inédito do IP que busca determinar a pegada hídrica na aquicultura. As palestras “Água: Um bem comum” e “Pegada hídrica” serão proferidas a partir das 12h30, no Parque da Água Branca, São Paulo, Capital.
O evento será aberto para o público em geral e tem o objetivo de contribuir com a popularização da ciência. Um dos assuntos abordados será o projeto de pesquisa pioneiro do Instituto de Pesca que busca revelar a pegada hídrica na aquicultura. A pegada hídrica é um conceito mundialmente conhecido que visa determinar o volume de água virtual “escondido” atrás de cada produto ou processo. O conceito é amplamente estudado na produção de produtos agrícolas, carnes e serviços, mas ainda desconhecido no setor de aquicultura.
“O projeto está sendo desenvolvido em vários módulos. Iniciamos a pesquisa estudando a uso de água na produção de tilápia, por se tratar de um dos peixes mais produzidos no País e com o setor mais organizado dentro da atividade aquícola, o que deverá favorecer a meta de determinação de um modelo de cálculo de pegada hídrica a ser aplicado e estendido a outros segmentos dentro da atividade”, explica Julio Vicente Lombardi, pesquisador do IP.
A pesquisa começou a ser desenvolvida em 2015 e conta com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Para a realização do trabalho estão sendo coletadas informações junto a produtores da região do Vale do Paraíba, que produzem tilápia em viveiro escavado. “A ideia é determinar o quanto de água se utiliza para a produção dos organismos aquáticos, processamento e consumo”, afirma o pesquisador.
Lombardi explica que o levantamento dessas informações será importante para que os diversos elos da cadeia de produção, como produtores rurais, empresas produtoras de ração, indústrias de filetagem e processamento, rede de supermercados e consumidores, saibam o impacto do uso de água em cada parte do processo e encontre formas para diminuir o consumo. A ideia é que as informações também sirvam de subsídios à governança da atividade dentro de um cenário de responsabilidade na aquicultura.
“A pegada hídrica pode variar dependendo do sistema de produção, por isso, a necessidade de se estabelecer um cálculo que leve em conta às especificidades do local avaliado. No caso da produção de carne, por exemplo, há uma grande variação nos números, pois depende do sistema produção do gado, se é em confinamento ou a pasto, por exemplo. Este estudo do IP busca desmitificar um pouco esses dados, que se interpretados de forma errada, podem comprometer a imagem de toda uma cadeia de produção”, explica Lombardi. Segundo o pesquisador, existem algumas falhas de interpretação na metodologia proposta para cálculos de pegadas hídricas, que podem levar a resultados numéricos extremamente altos. A equipe do Instituto de Pesca vem identificando estas falhas e está fazendo uma análise crítica de algumas fórmulas de cálculo, a fim de produzir resultados mais reais.
Água: um bem comum
Durante o evento, a pesquisadora do Instituto de Pesca, Cacilda Thais Janson Mercante apresentará a palestra “Água: um bem comum”, que abordará a água no planeta, sua qualidade e quantidade da água disponível para a população e o acesso a água, ciclo hidrológico natural e sua alteração devido a ação do homem e o consumo de água.
“A palestra tem o objetivo de transferência do conhecimento, um mecanismo para a popularização da ciência. A ideia é transferir informações para a população sobre a importância da preservação dos recursos hídricos”, afirma a pesquisadora.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é importante a promoção de atividades para comemorar a data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de ampliar a discussão sobre o tema. “Realizar esses eventos para transferir conhecimento à população é uma das missões dos institutos de pesquisa e uma das recomendações do governador Geraldo Alckmin”, afirma.
SERVIÇO
Palestras em comemoração ao Dia Mundial da Água
Data: 22 de março de 2017
Horário: A partir das 12h30
Local: Parque da Água Branca
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 455. São Paulo - SP