ENERGIA

De escoamento da produção a turismo, Rio Tietê segue como motor do desenvolvimento

De escoamento da produção a turismo, Rio Tietê segue como motor do desenvolvimento

Com 1,1 mil quilômetros de extensão, rio conta com seis hidrelétricas

Com 1,1 mil quilômetros de extensão, rio conta com seis hidrelétricas

Publicada há 2 horas

Foto: Reprodução / Fonte: Auren

Da Redação

Nascido em Salesópolis, na Serra do Mar, o rio Tietê – nome de origem indígena que significa rio ‘grande e verdadeiro’ - é um dos mais emblemáticos do Brasil, com papel decisivo para o desenvolvimento sustentável de dezenas de municípios no interior de São Paulo. Enquanto no passado serviu de rota para bandeiras e expansão do território nacional, hoje o Tietê é sinônimo de geração de energia limpa, integração logística e qualidade de vida para milhões de pessoas no interior paulista. 

Com 1.100 quilômetros de extensão, o Tietê abriga seis grandes usinas hidrelétricas em cascata, com capacidade instalada para geração de 1,8 gigawatts. Deste total, cinco são operadas pela Auren Energia, sendo elas: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão e Nova Avanhandava –, que juntas somam 1,03 GW, o equivalente a 57% da potência instalada no Tietê e o suficiente para abastecer cerca de 5,6 milhões de pessoas (o correspondente à energia consumida por cidade do tamanho do Rio de Janeiro/RJ).

“O rio Tietê faz parte da história de São Paulo e segue como um dos principais motores para a movimentação da economia e para levar sustento e energia limpa a milhares de famílias. História da qual a Auren Energia tem orgulho de fazer parte. Atualmente, as hidrelétricas em operação ao longo do rio correspondem a 12% da matriz energética da companhia. No entanto, a contribuição de hidrelétricas vai muito além da geração de energia, os reservatórios ao longo do rio Tietê colaboram para a regulação do fluxo do rio, ajudando no controle de enchentes e estiagens, abastecimento de água e para melhorar a navegabilidade dos rios”, ressalta Henrique Barbosa, gerente Executivo de Geração Hidrelétrica.

Logística: Auren realiza mais de mil operações de eclusagem no rio Tietê

A hidrovia Tietê-Paraná tem 2.400 quilômetros de extensão navegável e conecta São Paulo a estados como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. No trecho paulista, são cerca de 303 quilômetros sob responsabilidade da Auren, o que inclui a operação de cinco eclusas, fundamentais para o escoamento de grãos e insumos agrícolas e industriais para os mercados interno e externo. 

De acordo com dados do Centro de Operações da Auren, somente no ano passado, foram movimentadas cerca de 2,1 milhões de toneladas. De janeiro a agosto de 2025 foram 1,2 milhão de toneladas transportadas. Entre os principais produtos, estão grãos (milho e soja), cana-de-açúcar e madeira, incluindo transportes intermunicipal e interestadual e para o mercado externo, por meio do Terminal em Pederneiras (SP).

 Estudos do programa Integra Tietê, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, indicam que a cada mil quilômetros percorridos pelo rio, em vez de rodovias, há redução de 432 quilos de CO₂ que seriam lançados na atmosfera e 129 carretas a menos nas estradas. Cientes dessa importância, a Auren Energia foi uma das empresas pioneiras em implantação do controle remoto de suas eclusas. “Foram investimentos robustos em novas tecnologias, o que gerou inúmeros ganhos em agilidade, eficiência e segurança nas operações”, reforça Fernando Sestari, gerente do Centro de Operações da companhia.

As operações de eclusagem são controladas pelo Centro de Operações em Bauru (SP). Entre os investimentos feitos para essa transição, estão implantação de sistema de CFTV (combina câmeras de circuito fechado de TV) de última geração, rádio náutico digital via satélite, supervisão e controle satélites, monitoramento por câmeras. Atualmente, uma embarcação leva, em média, quatro horas para percorrer o trecho operado pela companhia, de Nova Avanhandava a Barra Bonita. 

Turismo: Eclusa de Barra Bonita recebe 47 mil turistas em 2025

As águas do rio Tietê, cristalinas no interior paulista, levam muito mais que grãos e produtos agrícolas. Todos os meses, cerca de 6,7 mil turistas passam pelas eclusas da companhia. Somente neste ano, foram mais de 1,9 mil eclusagens de embarcações de turismo ou recreio, totalizando 48 mil turistas. A grande maioria delas, na eclusa de Barra Bonita – importante ponto turístico da região. Do total de operações de embarcações de turismo e recreação, mais de 1,1 mil foram na eclusa da hidrelétrica, transportando cerca de 47 mil pessoas. 

Conservação da biodiversidade

Para garantir que essa riqueza natural siga atraindo turismo e gerando renda para as comunidades no entorno, a companhia mantém uma série de ações visando a conservação do rio Tietê e seus afluentes. A empresa possui 14.695 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APPs) no entorno dos seus reservatórios do rio Tietê, englobando 51 municípios do interior paulista.

Atualmente, são aproximadamente 4.138 hectares de matas nativas em processo de restauração ecológica pela companhia, que resultaram, somente no ano passado, no plantio de mais de 458 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e Cerrado. 

“A Auren tem um compromisso público com a conservação da biodiversidade e dos nossos recursos naturais e acreditamos que este é um trabalho que pode, e deve, ser feito de forma conjunta. Por isso, além das ações próprias de restauração ecológicas, a companhia também apoia ações de recuperação de APPs e Reservas Legais de propriedades privadas por meio do Programa de Fomento Florestal, que oferece apoio técnico e mudas de espécies nativas aos proprietários parceiros. Essas ações fortalecem a biodiversidade, recuperam ecossistemas e promovem a colaboração entre proprietários rurais, ONGs e comunidades locais”, completa Odemberg Veronez, gerente de Sustentabilidade da Auren.

Para atender às ações de restauração, a companhia possui um viveiro próprio, no município de Promissão, com capacidade anual de 1 milhão de mudas de cerca de 80 espécies nativas da Mata Atlântica e do Cerrado. 

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