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Pesquisa da APAS de Fernandópolis revela 84% dos policiais acima do peso ideal
Pesquisa da APAS de Fernandópolis revela 84% dos policiais acima do peso ideal
Entidade da PM adota programa digital para reverter quadro de obesidade
Entidade da PM adota programa digital para reverter quadro de obesidade
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal
Da Redação
A obesidade, reconhecida como um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil, também se reflete entre os beneficiários da Associação Policial de Assistência à Saúde (APAS) de Fernandópolis (SP). Uma pesquisa interna, realizada entre 16 de junho e 1º de julho de 2025 com 222 participantes, revelou que 84,7% dos associados estão acima do peso ideal, com índice de massa corporal (IMC) médio de 29,5. Entre os diagnosticados com obesidade, 31% apresentam grau I, 8,1% grau II, 2,7% grau III e 0,4% grau IV. O levantamento ainda mostrou que 76,1% possuem pelo menos uma comorbidade, incluindo hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, doenças articulares e distúrbios de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Diante desse cenário, a operadora firmou parceria com a healthtech SlimPass, que oferece um modelo 100% digital, multidisciplinar e focado no acompanhamento contínuo dos beneficiários. “O que mais nos chamou atenção foi a proposta de trabalho centrada no paciente e a possibilidade de integração das áreas nutricional, endocrinológica e psicológica, algo que antes cada beneficiário precisava buscar individualmente”, explica Ivan César Belentani, presidente da APAS Fernandópolis.
Igor Castor, CEO da SlimPass, destaca o potencial transformador da tecnologia: “nosso objetivo é tornar o cuidado com a obesidade mais acessível, prático e efetivo. O modelo digital permite monitoramento contínuo, suporte remoto e personalização do acompanhamento, ajudando cada beneficiário a desenvolver hábitos mais saudáveis e controlar comorbidades.”
Outros dados do diagnóstico reforçam a necessidade de intervenção: 58,5% dos participantes são sedentários, 39,6% dormem menos de sete horas por noite e 41,9% relatam sono não reparador. Em relação à alimentação, apenas 6,3% seguem a recomendação de cinco a seis refeições diárias, enquanto 77% apresentam qualidade alimentar que pode ser melhorada.
Apesar de o programa ainda estar em fase inicial, a aceitação entre os beneficiários tem sido muito positiva. “Toda prevenção é bem-vinda. Acreditamos que esse modelo digital pode se expandir e se tornar padrão no cuidado da obesidade em operadoras brasileiras”, afirma Belentani. Igor Castor complementa: “o emagrecimento dos pacientes obesos melhora a saúde dos beneficiários e a saúde financeira da operadora”.
Sobre a APAS Fernandópolis
A APAS Fernandópolis foi criada em 3 de janeiro de 1995, a partir do desmembramento da APOMAS de São José do Rio Preto, para garantir atendimento médico-hospitalar à família policial militar no interior do estado, depois que os serviços da Cruz Azul foram descontinuados. Desde o início, a APAS trouxe um jeito diferente de cuidar da saúde, com atendimento descentralizado e gestão participativa, baseada em solidariedade e cooperação. Com a regulamentação da saúde suplementar pela Lei 9656/98, a associação passou a ser reconhecida como operadora de plano de saúde na modalidade de autogestão, administrando de forma profissional e sem fins lucrativos a saúde dos seus beneficiários. Hoje, a APAS Fernandópolis está registrada na ANS (nº 40.941-3) e conta com uma diretoria e conselho fiscal dedicados a manter a gestão eficiente e comprometida com a categoria.
Foto: Reprodução / Fonte: Google Maps