A morte não é nada - Um lindo texto de Santo Agostinho

A morte não é nada - Um lindo texto de Santo Agostinho

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Publicada há 4 dias

Minutinho: A morte não é nada

Por Santo Agostinho

Eu apenas passei para o outro lado:

É como se estivesse escondido no quarto ao lado.

Eu sou sempre eu, e tu és sempre tu.

O que éramos antes um para o outro ainda somos.

Liga-me com o nome que você sempre me deu, que te é familiar;

Fala-me da mesma forma carinhosa que tens usado sempre.

Não mude teu tom de voz, não assuma um ar solene ou triste.

Continua a rir daquilo que nos fazia rir,

Daquelas pequenas coisas que tanto gostávamos, quando estávamos juntos.

Reza, sorri, pensa em mim!

Que o meu nome seja sempre uma palavra familiar...

Diga-o sem o mínimo traço de sombra ou de tristeza.

A nossa vida conserva todo o significado que sempre teve:

É a mesma de antes, há uma continuidade que não se quebra.

Por que eu deveria estar fora dos teus pensamentos e da tua mente, apenas porque estou fora da tua vista?

Não estou longe, estou do outro lado, na mesma esquina.

Fica tranquilo, está tudo bem.

Vou levar o meu coração,

Daí acharás a ternura purificada.

Seca as tuas lágrimas e se me amas, não chores mais,

O teu sorriso é a minha paz.

Crônia: Um velho samurai

Por: Autoria desconhecida

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que se dedicava a ensinar zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

 Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Queria derrotar o samurai e aumentar sua fama.

O velho não aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.

Primeiro chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais.

 Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

 No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

 Desapontados, os alunos, que a tudo observaram, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

 - Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente, indagou o mestre?

 - A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

 - O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, afirmou o samurai. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem o carregava consigo. A sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir.

Imagem: Ilustração

 “A calma na luta é sempre um sinal de força e confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.”

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

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