SAÚDE

Médicos da UPA denunciam atraso salarial e alertam para risco de impacto no atendimento

Médicos da UPA denunciam atraso salarial e alertam para risco de impacto no atendimento

Profissionais afirmam que seguem cumprindo as escalas, mas sem previsão para a regularização dos pagamentos

Profissionais afirmam que seguem cumprindo as escalas, mas sem previsão para a regularização dos pagamentos

Publicada há 2 horas

Foto: Reprodução / Fonte: Google Maps

Da Redação

Uma Nota Pública foi divulgada pelos médicos que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jales, relatando que estão com atraso no pagamento dos salários e alertando para o risco de comprometimento no atendimento à população.

Segundo os profissionais, o pagamento referente ao mês anterior deveria ter sido efetuado no último dia 10, mas, até o momento, não há previsão para a regularização. Apesar do impasse, as equipes seguem cumprindo suas escalas e mantendo o serviço em funcionamento, priorizando casos de maior gravidade conforme o protocolo de risco.

Atendimento prioriza casos urgentes

Com o atraso salarial e sem informações concretas sobre o repasse, os médicos relatam que o atendimento na unidade passou a ser concentrado nos casos classificados como “ficha amarela” — urgências moderadas. Pacientes com sintomas leves enfrentam filas e longas esperas.

Nas redes sociais, moradores também têm manifestado preocupação com a situação. “Entendemos o lado dos médicos, mas quem sofre é o povo, que precisa do atendimento e não tem para onde correr”, comentou uma moradora em um grupo local.

Impasse administrativo e falta de repasse

De acordo com informações apuradas pela reportagem, o problema estaria relacionado a um impasse administrativo envolvendo o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Jales (Consirj), responsável pela gestão dos recursos e repasses que garantem o custeio da unidade.

O Consirj é composto por prefeituras da região e administra não apenas a UPA de Jales, mas também serviços de transporte sanitário, exames e outros atendimentos de média complexidade. A entidade recebe verbas federais, estaduais e municipais — que, segundo relatos, teriam sofrido atraso em repasses ou pendências de ordem burocrática.

Apesar disso, os médicos afirmam que outros setores vinculados ao serviço estariam com pagamentos em dia, o que acentua o sentimento de injustiça entre os profissionais de saúde.

“Não queremos confronto, queremos respeito. Trabalhar sem receber é desumano”, destacaram em nota.

Incerteza e apelo por diálogo

Sem previsão de pagamento e com o desgaste crescente, os profissionais cobram uma resposta rápida das autoridades. “Queremos apenas exercer nossa profissão com dignidade. A saúde da população não pode esperar”, reforçam.

Até o fechamento desta reportagem, o Consirj e a Prefeitura de Jales, que integra o consórcio e é a principal beneficiária do serviço, não haviam se manifestado oficialmente sobre o motivo do atraso nem sobre um possível cronograma para a regularização.

A UPA de Jales é uma das principais portas de entrada para atendimentos de urgência e emergência no município e atende, diariamente, dezenas de pacientes da cidade e de municípios vizinhos.

Nota da Redação: Esta reportagem segue aberta para manifestações do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Jales (Consirj) e da Prefeitura de Jales. Assim que houver posicionamento oficial, o texto será atualizado.

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