ENERGIA
Nível do reservatório de Água Vermelha volta a cair: apenas 25,66% da capacidade
Nível do reservatório de Água Vermelha volta a cair: apenas 25,66% da capacidade
Represa no Rio Grande deixa de ser a mais baixa do país, mas situação ainda preocupa
Represa no Rio Grande deixa de ser a mais baixa do país, mas situação ainda preocupa
Ponte sobre o Rio Grande. Foto: Reprodução / Fonte: Arquivo Jornal O Extra.net
Da Redação
Nível do reservatório de Água Vermelha volta a cair: apenas 25,66% da capacidade
Represa no Rio Grande deixa de ser a mais baixa do país, mas situação ainda preocupa; São Simão, no Paranaíba, tem o menor volume entre os grandes reservatórios monitorados pelo ONS
O nível do reservatório da Usina Hidrelétrica de Água Vermelha, localizada no Rio Grande, na divisa entre Iturama (MG) e Ouroeste (SP), voltou a cair nas últimas semanas. De acordo com o levantamento mais recente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), atualizado na terça-feira, 28 de outubro, o volume útil armazenado é de apenas 25,66% da capacidade total.
No início do mês, em 2 de outubro, Água Vermelha era o reservatório com menor nível entre os grandes do Brasil, com 28,38%. Agora, foi superada por São Simão, no rio Paranaíba, que opera com 20,65% do volume útil — o mais baixo do país atualmente.
O cenário representa uma redução significativa em relação aos meses anteriores. Em 14 de agosto, o nível estava próximo de 40%. Há exatamente um ano, o volume era semelhante, também na casa dos 40%, enquanto em 2023 o reservatório armazenava mais de 60% da capacidade.
O histórico recente mostra oscilações preocupantes. Em junho de 2021, durante um dos períodos mais críticos já registrados, Água Vermelha atingiu apenas 7,74% do volume útil, o menor índice desde o início da operação da usina.
A Usina Hidrelétrica de Água Vermelha tem capacidade instalada de 1.396,2 megawatts (MW) — energia suficiente para atender milhões de residências. O reservatório responde por 2,12% da capacidade total de armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que concentra mais de 70% da geração hidrelétrica nacional.
A queda acentuada do nível preocupa não apenas pelo risco à geração de energia, mas também pelos impactos ambientais e socioeconômicos. O reservatório influencia diretamente a vida de comunidades ribeirinhas, atividades de pesca, irrigação agrícola e turismo, além da navegação fluvial na região.
Segundo o ONS, o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste opera atualmente com 44,78% da capacidade total. Entre os principais reservatórios, destacam-se Marimbondo (26,58%), Furnas (34,73%), Itumbiara (42,44%), Três Marias (56,22%) e Billings (64,99%).
O cenário geral reforça a necessidade de monitoramento constante e ações preventivas diante da chegada do período de chuvas, que tende a recuperar parte do volume, mas ainda sem perspectiva de normalização rápida.
Auren
A Auren Energia (AURE3), responsável pela geração de energia da usina, é a terceira maior do país, com produção de energia 100% renovável, e líder em comercialização no mercado brasileiro. A empresa está presente em nove estados, com 39 ativos com uma capacidade instalada total de 8,8 GW distribuídos entre as fontes eólica, solar e hidrelétrica.
