Por Isabela Zarda
E tu, que tens data especial, tens amor e carinho imenso dos teus amados, tens respeito e não te importas com o tempo passando pelos teus cabelos negros, deixando-os brancos. Não te importas em encarar o imprevisível Norte e a névoa boa ou ruim que ele traz; tu, mesmo murcha, ajudas os teus amados a florirem. Eu que tão pouco posso ofertar a ti, queria dar-te o que jamais foi dado por um filho à sua mãe. Eu quisera entregar-te o momento em que passei meses da minha vida, juntinho ao teu corpo. Apesar do medo que me invadia por estar naquele escuro sem fim, sem nada entender, quisera te entregar o instante em que a calmaria invadia minh’alma, quando sentia teu toque.
E o instante em que ouvi a melodia mais linda do universo, a tua voz. Ah, se eu pudesse te presentear com a solidão que sentia, mas também pudesse te presentear com a esperança que tive em persistir para te ver. Ah, se eu pudesse te devolver a noite mal dormida, porque fiquei ansioso pela vinda. Eu apenas queria dar-te o momento do meu nascimento, o sentimento que senti ao ver tua silhueta embaçada em meio às lágrimas, da alegria que me penetrara. Quisera te presentear com a imagem mais perfeita que meus olhos já presenciaram, a tua beleza.
Eu que tão pouco posso te ofertar quisera dar-te a busca incessante que tive pelos teus braços quentes e aconchegantes, pelo teu carinho maternal. Quisera dar-te o sorriso que abriste quando olhaste meu rostinho pequeno e perdido no teu calor. Eu apenas de todo o coração quisera te entregar a Lua cheia que se expandiu pelo céu aquela noite e as estrelas mais brilhosas dele.
Mas, afinal, eu que nada posso dar-te queria então entregar esses versos de Tom que meu ser quer dizer para o teu: “Eu sei que vou te amar / Por toda a minha vida eu vou te amar / Em cada despedida eu vou te amar / Desesperadamente, eu sei que vou te amar...”
* ISABELA ZARDA, CURSANDO O PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO, É VENCEDORA DO CONCURSO DE REDAÇÃO TV TEM 2016