ETERNIUN

'Há pessoas que não fazem aquilo que acreditam. Fazem o que é conveniente'

'Há pessoas que não fazem aquilo que acreditam. Fazem o que é conveniente'

Publicada há 7 anos

PENSAMENTO DA SEMANA:



"Há pessoas que não fazem aquilo que acreditam. Fazem o que é conveniente.
E então elas se arrependem".

Bob Dylan



MINUTINHO:

Quando...

Quando compreendermos que vingança, ódio, desespero, inveja ou ciúme são doenças claramente ajustáveis à patologia da mente, requisitando amor e não o revide...

Quando interpretarmos nossos irmãos delinquentes por enfermos da alma, solicitando segregação para tratamento e reeducação e não censura ou castigo...

Quando observarmos na caridade simples dever...

Quando nos aceitarmos na condição de espíritos em evolução, ainda portadores de múltiplas deficiências e que, por isso mesmo, o erro do próximo poderia ser debitado à conta de nossas próprias fraquezas...

Quando percebermos que os nossos problemas e as nossas dores não são maiores que os de nossos vizinhos...

Quando nos certificarmos de que a fogueira do mal deve ser extinta na fonte permanente do bem...

Quando nos capacitarmos de que a prática incessante do serviço aos outros é o dissolvente infalível de todas as nossas mágoas...

Quando nos submetermos à lei do trabalho, dando de nós sem pensar em nós, no que tange a facilidades imediatas...

Quando abraçarmos a tarefa da paz, buscando apagar o incêndio da irritação ou da cólera com a bênção do socorro fraternal e abstendo-nos de usar o querosene da discórdia...

Quando, enfim, nos enlaçarmos, na experiência comum, na posição de filhos de Deus e irmãos autênticos uns dos outros, esquecendo as nossas faltas recíprocas e cooperando na oficina do auxílio mútuo, sem reclamações e sem queixas, a reconhecer que o mais forte é o apoio do mais fraco e que o mais culto é o amparo do companheiro menos culto, então, o egoísmo terá desaparecido da Terra, para que o Reino do Amor se estabeleça, definitivo, em nossos corações.

Chico Xavier/André Luiz

Livro “Paz e renovação”


CRÔNICA

João Paulo II

Emilia pertencia a uma família de classe média em um país europeu que sofria crises e carestias depois de uma prolongada guerra nacional. Fome e epidemias ameaçavam toda a população. Emilia desde pequena tinha uma saúde frágil, e não melhorava devido às condições em que vivia. Era ainda muito jovem, quando se casou com um operário têxtil e se estabeleceram em uma cidadezinha nova longe de familiares e conhecidos. Pouco tempo depois nasceu seu primeiro filho, Edmundo, um garoto belo, bom aluno, atleta e de personalidade forte. Alguns anos mais tarde, ela deu à luz uma menina, que só sobreviveu poucas semanas por causa das más condições de vida a que a família estava submetida.

Catorze anos depois do nascimento de Edmundo, e quase dez da morte de sua segunda filha, Emilia se encontrava em uma situação particularmente difícil.

Tinha cerca de quarenta anos e sua saúde não havia melhorado: sofria severos problemas renais e seu sistema cardíaco se debilitava pouco a pouco devido a uma doença congênita. Além disso, a situação política do seu país era cada vez mais crítica, pois havia sido muito afetado pela recém-terminada Primeira Guerra Mundial. Viviam com o indispensável e com a incerteza e o medo de que se instalasse uma nova guerra. E justamente nessas terríveis circunstâncias, Emilia percebeu que estava grávida novamente.



 Apesar de o acesso ao aborto não ser simples nessa época, e nesse país tão pobre, existia a opção e não faltou quem se oferecesse para praticá-lo. Sua idade e sua saúde faziam da gestação um alto risco para sua vida. Além disso, sua difícil condição de vida lhe fazia perguntar-se:

 - Que mundo posso oferecer a este pequeno? Uma vida miserável? Um povo em guerra?

Emilia desconhecia que só lhe restavam dez anos de vida por causa de seus problemas de saúde. Tragicamente, também Edmundo, o único irmão do bebê que esperava, viveria só dois anos mais. Cristã, foi até ao fim na gravidez. Alguns anos mais tarde aconteceria a Segunda Guerra Mundial, na qual o pai da criança que estava por nascer também perderia a vida.

 Emilia optou por dar a vida a seu filho, a quem deu o nome de Karol. Karol Józef Wojtyła, que ficou conhecido em todo o mundo como o papa João Paulo II.

Autoria desconhecida




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