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'O amor pelo o que se faz é fundamental', relata jardineiro fernandopolense

'O amor pelo o que se faz é fundamental', relata jardineiro fernandopolense

Publicada há 7 anos

Por Marcela Barbar


Elias Brás mora em Fernandópolis e trabalha como jardineiro há mais ou menos 9 anos. Atualmente, ele desempenha a atividade em uma faculdade do município, onde exercita funções que estão diretamente relacionadas à conservação e a harmonia das plantas e flores.


Por meio de conhecimentos técnicos, o profissional dessa área é capaz de construir viveiros, selecionar sementes, construir canteiros, ralear e enxertar mudas, misturar nutrientes à terra para que ela fique saudável, realizar trabalhos como a poda, controle de pragas, limpeza e também é possível exercer a função de paisagista.


Em entrevista ao “O Extra.net”, ele conta um pouco sobre a sua paixão pela profissão e também pela natureza.


O EXTRA: O que você mais gosta da sua profissão? E o que menos gosta? 

ELIAS: Eu gosto muito de tudo, mas o que mais me deixa feliz em fazer é a parte de "embelezar" as flores e as plantas. Não tem o que eu menos gosto na minha profissão porque eu gosto de tudo. Acredito que a única coisa é que é um trabalho cansativo, mas hoje em dia todo trabalho cansa pelo menos um pouco né.


O EXTRA: Você indicaria o seu trabalho para outras pessoas? 

ELIAS: Indicaria sim, porque além de ser um trabalho que traz certa tranquilidade por ser ao ar livre, de um jeito ou de outro, todas as pessoas precisam trabalhar e se eu estou trabalhando com jardinagem é porque eu gosto da minha profissão, então não tenho motivos para não indicar.


O EXTRA: Trabalhar com a jardinagem exige amor pela natureza e requer muito cuidado para mexer com plantas. Você acha que é preciso ter um dom para isso?

ELIAS: Eu acho que não é preciso ter um dom, mas é necessário praticar para conseguir pegar as “manhas” da jardinagem. Ah, e o amor pela natureza também é fundamental.  Com amor e dedicação é possível trabalhar em qualquer área.


O EXTRA: Você acha que o seu trabalho apresenta algum tipo de risco?

ELIAS: Ah, existe sim com certeza. Por exemplo, a máquina que eu uso para roçar é bem perigosa, tem que saber manusear para trabalhar com ela e, assim também é com o facão que é usado para fazer poda.


O EXTRA: Você acha que as pessoas respeitam o meio ambiente?

ELIAS: Eu acho que não. Na verdade as pessoas estão desrespeitando cada vez mais porque respeitar significa conservar e ninguém faz isso, pelo contrário, as pessoas jogam lixo no chão, no mar, nos rios, nas praças e por aí vai; sem contar aquelas que também colaboram para o desmatamento e destroem florestas, colocam fogo onde não deve. Essas pessoas não pensam que isso pode acabar afetando a sua própria saúde, talvez não afete agora, mas em um futuro muito próximo.


O EXTRA: Podemos dizer que muitas pessoas ganham o pão do dia a dia trabalhando de forma desonesta enquanto outras, trabalham de forma honesta. O que você tem a dizer sobre 'mão suja, dinheiro limpo'?

ELIAS: Não é porque uma pessoa trabalha de terno e gravata que significa que o dinheiro dela vem de forma honesta/limpa e, uma pessoa que trabalha suja o dia inteiro catando lixo, latinhas ou papelão na rua,  significa que o dinheiro dela seja sujo. Às vezes, o dinheiro que uma pessoa ganha está relacionado com o caráter dela e nem sempre com a profissão ou com a aparência, pois as aparências enganam e a profissão pode ser honesta, porém, com um profissional desonesto.


O EXTRA: Como você acha que seria o mundo se não houvesse tanta desigualdade social?

ELIAS: Ah, o mundo seria outro viu. Haveria mais honestidade, amor ao próximo, carinho com o que se faz. As pessoas iriam passar menos fome, todos teriam oportunidades iguais para estudar, trabalhar. Enfim, todos teríamos uma vida melhor e mais tranquila.


Elio Brás posa ao lado de uma das várias plantas que cuida na universidade



Seu trabalho também está relacionado com a limpeza das plantas





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