ECONOMIA
Febraban diz que avalia medidas para melhorar condições do cheque especial
Febraban diz que avalia medidas para melhorar condições do cheque especial
Linha de crédito, uma das mais caras do país, faz parte de um conjunto de ações para “melhorar o ambiente de crédito”, informou a entidade por nota
Linha de crédito, uma das mais caras do país, faz parte de um conjunto de ações para “melhorar o ambiente de crédito”, informou a entidade por nota
Da Redação
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou nesta quarta-feira ,17, que estuda ações para melhorar as condições do cheque especial, como parte de medidas em análise pela entidade. O cheque especial é uma das modalidades de crédito mais caras do país, atrás apenas do rotativo do cartão de crédito.
Segundo a entidade, as medidas em estudo visam "melhorar o ambiente de crédito no país e reduzir o spread" dos bancos (diferença entre os juros cobrados no crédito e pagos nos investimentos).
Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou que a queda dos juros do cheque especial é importante, e acrescentou que o Banco Central está estudando "várias coisas" sobre esse assunto. "Mas não há nenhuma medida especifica já definida", afirmou.
Na véspera, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn afirmou ao jornal "O Estado de São Paulo" que os bancos se comprometeram em adotar regras para o cheque especial com a finalidade de reduzir os juros cobrados.
Em dezembro, os juros do cheque especial estavam em 295,48% ao ano. A taxa é a menor desde julho de 2016, quando ficou em 293,79% ao ano, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac). Ainda assim, a linha de crédito só perde do cartão de crédito, que estava em 321% no último mês, segundo a entidade.
Regra do rotativo
Em abril do ano passado, o governo mudou a regra do cartão de crédito para tentar forçar os bancos a reduzirem os juros do cartão. As taxas do cartão de fato caíram, mas a nova regra não impediu o aumento da inadimplência.
Pela nova regra, o consumidor pode pagar o mínimo de 15% da fatura do cartão apenas uma vez e adiar o pagamento da dívida por até 30 dias. Depois desse prazo, ele precisa escolher entre pagar todo o valor ou parcelar a dívida em outra linha de crédito, mais barata.