COMÉRCIO EXTER
Paraguai quer atrair indústrias para o país
Paraguai quer atrair indústrias para o país
Intenção é substituir a importação de produtos vindos da Ásia por uma indústria própria no Paraguai
Intenção é substituir a importação de produtos vindos da Ásia por uma indústria própria no Paraguai
Da Redação
Substituir a importação de produtos da Ásia por uma indústria própria no Paraguai. Esse é o projeto que o governo do país vizinho tem para apresentar a empresários brasileiros, que eles deixem de comprar de países asiáticos e passem a produzir no Paraguai. Foi o que fez ontem, em Rio Preto, o ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Gustavo Leite, durante encontro com empresários integrantes do Lide Rio Preto. "Esse é o projeto que vai dar certo nos próximos dez anos".
Para isso, o país está em forte negociação com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e entidades de Minas Gerais. Hoje, o Paraguai compra maquinário, tecnologia e serviços do Brasil e vende produtos manufaturados, alimentos. "Temos uma relação virtuosa e estamos com essa nova visão, de tentar levar as indústrias para produzir lá e para que o lucro fique no Brasil e no Paraguai", disse.
Segundo Leite, o Paraguai hoje é país mais competitivo da região para se produzir. Como atrativos, segundo ele, tem impostos na ordem de 10%, mão de obra apta e disposta, legislação trabalhista de fácil entendimento, energia a um custo menor e legislação que permite importação de bens para serem reprocessados com imposto único de 1%. "Nossa economia, apesar da crise do Brasil, cresceu quase 5% nos últimos cinco anos e agora que o Brasil está em retomada deveremos crescer muito mais", disse. Entre as oportunidades para instalação de negócios estão os setores imobiliário, infraestrutura, educação e saúde privada.
Leite explica que o país está passando por uma revolução industrial pautada na transparência da administração pública - o que tem ajudado a mudar a imagem do país. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) industrial registrou crescimento de 10% e o do comércio, de 9%. "O Brasil é nosso principal parceiro, investidor, comprador e vendedor".
Atualmente na presidência do Mercosul, o Paraguai está apostando suas fichas na Hidrovia Paraguai-Paraná, para o transporte de cargas. Segundo Leite, o país já é o terceiro do mundo em número de barcaças. "Esse é o terceiro motor da nossa economia, podemos oferecer serviços, entrar e sair comercialmente pelo mundo."
Outros setores em que o país é forte, segundo Leite, são alimentos, brinquedos, autopeças, entre outros. Em março, o Paraguai recebe um encontro de alto escalão de autoridades e empresários, como sede do Mercosul, e pretende apresentar seu potencial.
Ministro da indústria e comércio Gustavo Leite durante viagem a Rio Preto