ECONOMIA

Alta dos preços dos combustíveis provoca aumento de 4,3% nos custos industriais

Alta dos preços dos combustíveis provoca aumento de 4,3% nos custos industriais

Indicador de custos industriais subiu 1,6% no último trimestre de 2017. A queda dos custos tributários e com capital de giro ajudaram a reduzir o ritmo de crescimento do indicador, que aumentou 0,6%

Indicador de custos industriais subiu 1,6% no último trimestre de 2017. A queda dos custos tributários e com capital de giro ajudaram a reduzir o ritmo de crescimento do indicador, que aumentou 0,6%

Publicada há 6 anos

Assessoria de Imprensa - CNI


Os custos da indústria brasileira com energia subiram 4,3% no último trimestre de 2017 em relação ao terceiro trimestre, com o ajuste sazonal. O aumento foi puxado pela alta de 11,1% do óleo combustível, provocada pela evolução dos preços internacionais do petróleo. Além disso, o preço da energia elétrica teve uma alta de 2,8%, informa o Indicador de Custos Industrial, divulgado nesta segunda-feira, 19 de março pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).


Conforme o estudo trimestral, os custos com energia e com os produtos intermediários nacionais e importados foram os responsáveis pelo aumento de 1,6% no indicador de custos industriais do último trimestre de 2017 na comparação com o período imediatamente anterior, descontados os efeitos sazonais. O indicador de custos com intermediários domésticos subiu 3% e o de intermediários importados cresceu 3,7% no período.  A CNI observa que, mesmo com aumentos expressivos, a energia e os insumos importados têm participação menor no custo da indústria.


O indicador de custos com pessoal subiu 0,5% no quarto trimestre de 2017 em relação terceiro, na série com ajuste sazonal. No entanto, as quedas de 7,6% dos custos com capital de giro e de 1,2% no custo tributários compensaram os outros aumentos, analisa a CNI. Com o aumento de 1,6% no último trimestre, o indicador de custos industriais fechou 2017 com um crescimento de 0,6% na comparação com 2016. Foi o segundo menor aumento desde 2007, quando o indicador começou a ser calculado, e só ficou à frente da queda de 1,9% nos custos registrada em 2009.


"O baixo crescimento dos custos em 2017 derivou tanto de um crescimento mais moderado nos custos com pessoal e com intermediários domésticos quanto da queda do custo com intermediários importados e com capital de giro", diz o estudo.


Entre os componentes do custo de produção, o que mais subiu em 2017 foi o custo com pessoal, que teve um aumento 3,8% frente a 2016. O custo com energia aumentou 3,4% e, o com bens intermediários, 1,1%. O custo tributário caiu 0,4% e o de capital de giro recuou 20,9%.


LUCRO E COMPETITIVIDADE - O estudo da CNI mostra ainda que, enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados aumentaram 1,6% no mercado interno em 2017 frente a 2016. Com isso, as empresas conseguiram recompor as margens de lucro, mas continuaram perdendo competitividade diante dos importados.


Enquanto os custos industriais subiram 0,6%, os preços dos produtos manufaturados importados caiu 7,7% em reais. O preço dos produtos manufaturados no mercado dos Estados Unidos também diminuíram 6,2%.   




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