SERVIÇO SOCIAL

A luta pela consolidação de uma sociedade mais justa e democrática

A luta pela consolidação de uma sociedade mais justa e democrática

A função do assistente social é garantir os direitos do cidadão e ajudá-los resolver seus problemas

A função do assistente social é garantir os direitos do cidadão e ajudá-los resolver seus problemas

Publicada há 8 anos

Por Josanie Branco

Conhecendo os atuais problemas da sociedade e as diversas expressões da questão social existentes nela, tais como: violência, desemprego, preconceito, discriminação, exploração do trabalho infantil e demais demandas existente como na saúde, habitação, educação, entre outras. 


O assistente social tem como principal desafio compreender a realidade dos indivíduos construindo propostas de trabalhos coerentes com suas necessidades. O papel deste profissional, que tem seu dia comemorado amanhã, 15 de maio, é de um protagonista, pois se projeta frente à sociedade, através de metas, projetos políticos capazes de transformar a realidade da sociedade, colocando em pratica políticas sociais de atendimento ao combate as desigualdades. 


Sua função é garantir os direitos do cidadão e ajudá-los resolver seus problemas, quer através da mobilização dos recursos da comunidade via políticas publicas. Rosana Cardoso, umas das mais conceituadas assistentes sociais da região, representando a classe, em entrevista a este “O Extra.net”, faz uma explanação  sobre os avanços da profissão ao longo dos anos. 


Extra: Hoje, há muito que comemorar na profissão? 

Rosana: Sim, é um momento de reafirmação do compromisso ético-polítco-profissional da categoria no processo de construção de uma sociedade que garanta o direito de todos os cidadãos brasileiros. 


Extra: As pessoas reconhecem a importância de um assistente social? 

Rosana: O Assistente Social é o profissional que cursou a faculdade de Serviço Social e possui inscrição no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS). O primeiro curso teve início em 1936 e a primeira regulamentação da profissão aconteceu no ano de 14957. Atualmente a profissão é regida pela Lei Federal 8.662/1993, que estabelece suas competências e atribuições. A formação é fundamentada em princípios teóricos, éticos e políticos que possibilitam o conhecimento crítico da realidade em uma perspectiva de totalidade e asseguram competência técnica e ético-política para o exercício do trabalho na perspectiva de viabilização do acesso a direitos sociais e políticas públicas. Aos poucos a profissão vem conquistando seu espaço, mostrando sua importância e ganhando o merecido respeito da população.   


Extra: Onde e como o assistente social pode atuar em benefício da sociedade? Rosana: O assistente social atua em diversos espaços ocupacionais, nos processos de elaboração, formulação, execução e avaliação de políticas sociais, principalmente em órgãos públicos federais, estaduais e municipais. Presta orientação a indivíduos, grupose famílias e realiza estudos sociais com vistas ao acesso a bens e serviços públicos. Planeja, organiza e administra benefícios sociais, assessora órgãos, empresas e movimentos sociais. Atua na docência e realiza pesquisas e investigações científicas. Também trabalha como assessor/a em processos administrativos e judiciais com realização de avaliações, análise de documentos, estudos técnicos, coletas de dados e pesquisa. Elabora pareceres sociais, laudos, projetos e relatórios. Sua intervenção inclui ainda a gestão e direção em organismos públicos e privados. Em entidades sociais atuam junto as ILPIs (Instituição de Longa Permanência de Idosos), abrigos (crianças e adolescentes) entre outros e também em empresas privadas. 


Extra: É possível em meio às desigualdades, como situações de violência, pobreza, marginalidade e desempregos, combater a questão social? 

Rosana: Vivemos numa sociedade capitalista onde a questão social surge dos conflitos de interesse de classes, a desigualdade social é consequência da distribuição desigual das riquezas de nosso país e do mundo.  Combater a desigualdade é não aceitá-la nas diferentes formas que se expressa como a da pobreza e do acesso desigual aos serviços que proporcionariam o desenvolvimento humano. 


Extra: Como é hoje o mercado de trabalho para o assistente social? 

Rosana: A demanda por profissionais formados em serviço social é crescente no país, de acordo com o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS). A entidade tem registrado, ao todo, cerca de 80 mil profissionais e, segundo a instituição, a área de atuação que mais emprega assistentes sociais é a de saúde. A segunda área é a de política de Assistência Social. Com o processo de implantação da Política Pública de Assistência Social todos os municípios brasileiros devem ter no seu quadro efetivo profissionais de serviço social para atuarem junto aos Centros de Referência da Assistência Social – CRAS, onde são desenvolvidos serviços de proteção social básica, junto às famílias, idosos, crianças, adolescentes e pessoas com deficiência. 


Extra: O que te fez escolher esta profissão? 

Rosana: Formei-me há mais de 27 anos na Faculdade de Serviço Social de Piracicaba, meu primeiro trabalho foi na Diocese de Piracicaba na Pastoral Social, junto a Cáritas atuando nos movimentos sociais, na década de 80 do século XX. De lá para cá, já atuei nos mais variados setores da profissão, em diferentes cidades brasileiras. Para mim, ser Assistente Social está além de um diploma universitário é um compromisso pessoal, ético e político é um apaixonar-se contínuo pela profissão. É participar de um processo em que acredito ser de transformação de nossa sociedade em busca de valores de liberdade, justiça social, defesa dos direitos humanos, compromisso com a qualidade da prestação de serviços e o fortalecimento das lutas sociais. Parabéns a todos os profissionais da área, que, assim como eu, trabalham com orgulho e lutam incansavelmente pelo reconhecimento dessa nobre profissão. 

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