“A minha alma tá armada

E apontada para a cara

Do sossego

Pois paz sem voz

Paz sem voz

Não é paz é medo

...

As grades do condomínio

São para trazer proteção

Mas também trazem a dúvida

Se é você que está nessa prisão

...

Às vezes eu falo com a vida

Às vezes é ela quem diz

Qual a paz que eu não quero conservar para tentar ser feliz”

(Letra de Minha alma © Warner/Chappell Music, Inc)

Está musica expressa muito a ideia de decisões que precisamos tomar em nossa vida. Buscamos o tempo todo a liberdade, porém, deixamos de perceber que, a liberdade provém do desafio de escolher em quais prisões eu decido me aprisionar.

Ser livre não significa não ter responsabilidades. Na verdade, é bem o contrário disso, quanto mais livre sou, mais responsável, mais maduro, evoluído e, principalmente, mais consciente das minhas escolhas, me torno. A escolha sempre requer um ganho, mas, vem acompanhada de uma perda também. Ser livre não te exime da frustração da perda.

A liberdade provém do desafio de saber suportar a dor de todas as  perdas que terei a cada escolha que eu tomar em minha jornada.

No artigo anterior eu falava que o sucesso não está embasado em qual prazer eu quero desfrutar, mas sim a qual dor eu estou disposta a suportar. Algumas pessoas veem a liberdade como poder dizer “sim” a qualquer coisa, sem critério algum, porém, na verdade, o mais livre é o que mais sabe dizer “não” às centenas de possibilidades que existem a nossa volta.

Finalizo com Simone de Beauvoir que diz: “O homem é livre; mas ele encontra a lei na sua própria liberdade.”