Por Livia Caldeira

Miguel, Felipe e Maiquel, da equipe do EDA Fernandópolis

Recentes ataques de morcegos hematófagos (morcego-vampiro) a animais bovinos em municípios da região têm colocado em alerta a Equipe Técnica do Escritório de Defesa Agropecuária de Fernandópolis (EDA) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A equipe, composta pelo técnico agropecuário Maiquel da Silva Viel e pelos médicos veterinários Felipe Guerra Gobbi e Miguel Piva Fioravante Jr., vem realizando a captura de morcegos da espécie que se alimenta de sangue.

De acordo com o Diretor do EDA Fernandópolis, Eng. Agr. Marcos Rogério Guimarães, na regional há abrigos cadastrados que são inspecionados periodicamente. Além disto, novos abrigos podem ser descobertos, assim como surgimento de  novas colônias.

"O registro de ataques com mordedura em animais domésticos de produtores rurais começou em junho do ano passado e após intensas buscas na região conseguimos localizar um importante abrigo desta espécie em baixo de uma ponte da rodovia que liga Estrela D´Oeste a São João das Duas Pontes", explica o médico veterinário responsável pelo EDA, Felipe Guerra Gobbi.

Segundo o veterinário, há registros de ataques recentes em Macedônia, Mira Estrela, Indiaporã e Estrela D´Oeste.

TRANSMISSÃO

No Estado de São Paulo, o principal transmissor da raiva aos herbívoros é o morcego hematófago da espécie D.rotundus. Estes morcegos podem atacar bois, vacas, cavalos e até animais domésticos. "A raiva é uma zoonose, sendo suscetíveis todos os mamíferos, inclusive o homem. Os principais sinais clínicos da doença são excitação e paralisia de diversas naturezas e sempre fatal", alerta o veterinário.

COMO AJUDAR NO CONTROLE DA RAIVA

Se algum animal estiver com sintomas sugestivos de raiva, sinais de mordedura, ou encontrando algum abrigo de morcego hematófago, é preciso comunicar ao Serviço de Defesa Sanitária Animal da região. "A maneira mais fácil de identificar se o abrigo é de morcego hematófago é olhando para o chão, como eles se alimentam somente de sangue, as fezes parecem pequenas manchas de piche (sangue em decomposição), com odor fétido".

PREJUÍZO AOS PRODUTORES RURAIS

A raiva causa prejuízos aos produtores, pela morte de animais, além da espoliação pelo morcego hematófago transmissor. Para o Estado, os prejuízos decorrem de gastos com diagnósticos, vacinas e pessoal que atua na prevenção da doença. Conforme o responsável pelo EDA local, para a comunidade internacional a doença é um fator de depreciação do nosso produto, além de representar sérios riscos à saúde pública. Recentemente os animais da região passaram por controles e receberam a aplicação de pasta vampiricida, um veneno à base de anticoagulante.

Serviço:

Para maiores informações: EDA Fernandópolis – Av. dos Arnaldos, 1.015, 1º andar, centro, Fernandópolis/SP, (17) 3462-5468, eda.fernandopolis@cda.sp.gov.br.

Para conhecer mais sobre o trabalho da Defesa Agropecuária: www.defesa.agricultura.sp.gov.br.