POLÍTICA
Em audiência na Justiça, ex-governador Sérgio Cabral denuncia cervejaria de Walter Faria
Em audiência na Justiça, ex-governador Sérgio Cabral denuncia cervejaria de Walter Faria
Cabral fala em propina mensal de R$ 500 mil, em troca a empresa recebia benefícios fiscais junto ao governo do Rio; Grupo Petrópolis nega
Cabral fala em propina mensal de R$ 500 mil, em troca a empresa recebia benefícios fiscais junto ao governo do Rio; Grupo Petrópolis nega
O ex-governador do Rio de Janeiro durante depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas: "mesadinha" de R$ 500 mil
O ex-governador Sergio Cabral admite pela primeira vez que recebeu propina de uma cervejaria. A declaração foi dada nesta terça-feira (26) durante novo depoimento ao juiz federal Marcelo Bretas, em mais um desdobramento da Lava-Jato no Rio.
O político confirmou a informação do ex-operador financeiro, Carlos Miranda, de que Walter Faria, dono e fundador do Grupo Petrópolis pagava uma espécie de mesada de R$ 500 mil. Em troca, a empresa recebia benefícios fiscais junto ao governo do Rio.
Cabral se ofereceu para ir ao Ministério Público Federal para esclarecer sobre o empresário Walter Faria. Em nota, a fabricante da cerveja Itaipava informou que não obteve qualquer benefício fiscal ou financeiro durante o governo de emedebista.
Questionado por Bretas se também recebia propina por parte da rede de supermercados Prezunic, como dito na delação de Miranda. O ex-governador negou, no entanto, reconheceu que o grupo repassou dinheiro "apenas para valores não declarados de campanha".
Nesta terça (26), também foram ouvidos Gladys Silva Falci de Castro, Sérgio Castro de Oliveira e Sonia Ferreira Batista, que segundo as investigações, fazem parte de um esquema de lavagem de dinheiro a partir da emissão de notas fiscais.
Em seu depoimento Sérgio Castro admitiu que era responsável por pagamentos mensais a Luiz Fernando Pezão e aos ex-secretários de Cabral, Wilson Carlos e Regis Fichner, como também ao deputddo Chiquinho da Mangueira e o ex-procurador Claudio Lopes.
Procurada, a defesa de Pezão negou qualquer tipo de recebimento. Já Claudio Lopes afirmou que só vai se pronunciar após tomar conhecimento dos depoimentos de Cabral e Sérgio Castro.
Questionado sobre esse esquema, Sergio Cabral afirmou que o conhecia, mas não tinha acesso aos detalhes, no entanto, sempre buscava informações para eventuais orientações. Cabral voltará a ser ouvido na próxima semana. Ele já soma mais de 197 anos de condenações em desdobramentos da Lava-Jato.
GRUPO PETRÓPOLIS NEGA
O Grupo Petrópolis informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não obteve qualquer benefício fiscal ou financeiro durante o governo Cabral. A empresa disse que sempre atuou de acordo com a legislação e que suas relações com o estado do Rio foram pautadas por critérios de geração de empregos, "razão pela qual nunca precisou de qualquer subterfúgio para atuar no estado".
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Fontes: http://bandnewsfmrio; band.uol.com.br e uol.com.br