CRÉDITO

Concentração bancária tem queda

Concentração bancária tem queda

Em 2017, os cinco maiores bancos tinham 85,8% das operações de crédito

Em 2017, os cinco maiores bancos tinham 85,8% das operações de crédito

Publicada há 5 anos


Da Redação 

A concentração bancária no País sofreu uma leve queda no ano passado em comparação ao ano anterior, divulgou nesta terça-feira, 28, o Banco Central (BC) em seu Relatório de Economia Bancária. Segundo o relatório, as cinco maiores instituições do País, o Banco do Brasil, o Itaú, o Bradesco, a Caixa Econômica Federal e o Santander, são responsáveis por 84,8% das operações de crédito [ou de empréstimo] do País.

Em 2017, esse dado correspondia a 85,8%. Em 2018, os cinco maiores bancos do País eram responsáveis por 83,8% dos depósitos totais, uma pequena queda em comparação a 2017, quando os depósitos correspondiam a 85%.

Segundo o relatório, essas instituições detiveram 81,2% dos ativos totais do setor bancário comercial em 2018. No ano anterior, os ativos correspondiam a 82,6%.

O Banco Central do Brasil projeta crescimento de 7,2% no saldo total de crédito para 2019, com aumento de 12,5% do saldo de crédito de recursos livres e de 0,8% do saldo de credito com recursos direcionados, segundo a instituição, durante apresentação do seu Relatório de Economia Bancária em São Paulo.

No ano passado, o aumento no saldo total de crédito foi de 5%, após dois anos seguidos de quedas [-3,5% e -0,5% em 2016 e 2017, respectivamente]. Para as pessoas físicas, o BC projeta crescimento de 9,7% do estoque de crédito e, para pessoas jurídicas, de 4,1%.

O relatório mostra que, do lado do passivo das instituições financeiras, o estoque de captações do sistema bancário cresceu 4,6% ao longo de 2018. Em termos de composição, houve crescimento dos estoques dos instrumentos mais tradicionais de captação, como os depósitos a prazo e de poupança e, por outro lado, expressiva redução nos estoques de operações compromissadas com títulos privados, refletindo ainda mudanças regulatórias anteriores (Resolução 4.527, de 29 de setembro de 2016).

"Inovação no lado da captação foi o início das emissões de Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs) em novembro de 2018. As LIGs são títulos de crédito garantidos por uma carteira de ativos-lastro submetida ao regime fiduciário".

O instrumento, segundo o BC, foi criado com o objetivo de fomentar o mercado imobiliário e representa mais uma alternativa de captação para o financiamento das carteiras de crédito imobiliário.

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