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Sicredi na Conferência do Woccu: intensa programação no penúltimo dia do maior evento do cooperativismo mundial
Sicredi na Conferência do Woccu: intensa programação no penúltimo dia do maior evento do cooperativismo mundial
Sustentabilidade, Diversidade, Tecnologia e Inclusão foram alguns dos temas abordados durante o evento.
Sustentabilidade, Diversidade, Tecnologia e Inclusão foram alguns dos temas abordados durante o evento.
Em palestra sobre a importância da tecnologia cognitiva, Felipe Sessin, superintendente de Operações de Produtos do Sicredi, discursa para o público na Conferência do Woccu
Assessoria Sicredi
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com presença em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal, participou de diversos debates e seminários no penúltimo dia da Conferência Mundial do Woccu (Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito, na tradução da sigla em inglês), maior encontro do segmento no mundo. O evento, realizado em Nassau, nas Bahamas, reuniu mais de 2 mil representantes de cooperativas de crédito de mais de 50 países.
Na terça-feira, 30 de julho, o presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Woccu, Manfred Alfonso Dasenbrock, falou sobre as iniciativas voltadas à educação financeira e inclusão. "Temos um compromisso com os nossos associados, de ajudá-los a crescer e a melhorar suas vidas e de seus familiares. Realizamos inúmeras ações com base nesses eixos para desenvolvermos as regiões onde atuamos e as pessoas que vivem nelas. Uma das mais impactantes é a parceria com a Mauricio de Sousa Produções, na qual foram produzidas revistas em quadrinhos e desenhos animados para ajudar os pais na educação financeira dos filhos", afirmou o executivo.
Durante a apresentação, Dasenbrock citou algumas iniciativas realizadas pela instituição para inclusão de jovens e mulheres no dia a dia do Sicredi, como o plantio de árvores para a recuperação de nascentes de rios no estado do Mato Grosso, o programa educacional "A União Faz a Vida" e a criação de comitês específicos para incentivar a liderança das mulheres e disseminar o cooperativismo entre o público jovem, além das ações para o Dia C.
"Nossa visão de sustentabilidade é de as cooperativas se engajarem dentro das comunidades. É preciso se conectar com algo que se possa colaborar, dar início às iniciativas e, a partir disso, os grupos vão criando a sua autonomia para a continuidade e crescimento dos projetos", resumiu Dasenbrock.
O evento também contou com apresentações de George Ombado, CEO da Confederação Africana da Associação Cooperativa de Poupança e Crédito (ACCOSCA); Elenita San Roque, CEO da Associação da Confederação Asiática de Cooperativas de Crédito (ACCU) e Brett Martinez, presidente e CEO da Redwood Credit Union, que estimularam o público a criar iniciativas para influenciar estrategicamente suas comunidades e a promoverem mudanças econômicas sustentáveis para associados, como o Sicredi tem feito.
Perspectiva para os jovens profissionais
Na abertura do painel "O futuro da cultura globalizada: uma perspectiva para os jovens profissionais", Brandi Stankovic, que coordena as atividades do World Council Young Credit Union People (WYCUP), apresentou resultados do programa que já capacitou mais de mil profissionais de 93 países nos últimos sete anos. A iniciativa do Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito possibilita aos colaboradores e associados das cooperativas vivenciarem diferentes realidades, promovendo a multidisciplinaridade e a multiculturalidade.
A coordenadora do GWLN no Brasil, Gisele Gomes, representou o Sicredi nessa apresentação para destacar algumas características da juventude brasileira. Ela também abordou as estratégias utilizadas pelo Sicredi para aumentar as oportunidades para esse público dentro do Sistema. "Criamos comitês jovens nas cooperativas, não apenas para colaboradores, mas também para associados, e realizamos um Summit anual para compartilhar os resultados. São cases fantásticos que inspiram outras cooperativas. Apesar de o Brasil ser um país de diferenças, existem muitas ideias que são aplicadas em outras regiões", lembrou.
Durante sua palestra, Gisele ainda apresentou o Inovar Juntos, programa de conexão com startups, realizado em parceria com a consultoria Innoscience. A iniciativa está estruturada para atender tanto às demandas do negócio quanto a melhoria de processos internos para associados e colaboradores, que têm o objetivo de identificar startups que possam desenvolver soluções para áreas estratégicas.
O painel contou ainda com a participação de Melissa Swee, do Ministério da Cultura, Comunidade e Juventude de Singapura, Dorwin Manzano, presidente da U.W.I. (cooperativa de crédito sediada em Trinidad e Tobago), e de Paul Norgrove, CEO da Police Credit Union, da Irlanda.
Gisele Gomes também realizou uma apresentação em conjunto com Ingrid Muller Costa, associada da Sicredi União MS/TO, para discutirem sobre as diferenças culturais e as barreiras criadas a partir delas - principalmente para as mulheres. Na palestra, realizada no Lounge da Global Women Leadership Network, as duas representantes do Sicredi abordaram as diferenças entre as regiões, no que diz respeito aos costumes e comportamentos profissionais que influenciam sobremaneira as relações interpessoais.
Tecnologia cognitiva
Tecnologia também foi assunto durante este dia da conferência. O superintendente de Operações de Produtos do Sicredi, Felipe Sessin, aproveitou a oportunidade para apresentar o case do atendente de inteligência cognitiva do Sicredi, o Theo. Em sua palestra, com o tema "Como a Tecnologia Cognitiva pode ajudar a fornecer um melhor serviço aos associados", o executivo demonstrou o projeto de implementação de atendimento (help desk) interno por meio de inteligência artificial. O conteúdo mostrou todo o caminho de evolução do Sicredi no atendimento aos chamados internos, começando pelo estabelecimento de indicadores de satisfação e eficiência, até a definição pelo investimento na implementação em um atendente digital.
Batizado de Theo, em homenagem ao Padre Theodor Amstad, fundador da instituição financeira cooperativa - há mais de um século -, o atendente começou com a resolução de perguntas simples e, com o apoio de uma equipe humana de curadoria, foi aprendendo a resolver questões mais complexas, com maior assertividade. "Fomos ensinando a máquina a responder, identificando quais as perguntas mais frequentes e, a partir disso, criamos as respostas mais adequadas para elas", contou.
Sessin ainda expôs alguns indicadores de uso da ferramenta, que atualmente já atende mais de 20% dos chamados internos dos mais de 26 mil colaboradores do Sicredi. "Nosso indicador de satisfação com os chamados aumentou substancialmente com o uso da solução, chegando atualmente a 95%", contextualizou o executivo.
Jantar para comitiva brasileira
Na noite de terça-feira, os integrantes da comitiva brasileira que participaram da Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito nas Bahamas se reuniram no Centro de Convenções do The Atlantis Resort para assistirem a uma palestra do líder de Produtos da HP, Vinícius Davi.
Representantes de outros sistemas, como Cresol, Unicred e Sicoob, da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e do Fundo Garantidor das Cooperativas de Crédito (FGCoop), assim como o CEO do WOCCU, Brian Branch, e o presidente do Conselho, Steven Stapp, também prestigiaram o encontro. A palestrante Pippa Malmgren foi outra presença ilustre no jantar.
Na abertura do evento, Manfred Dasenbrock celebrou a presença maciça da delegação brasileira (apenas o Sicredi levou 134 pessoas à conferência) e o Growth Award, reconhecimento recebido pelo Sicredi graças ao crescimento na base de associados, que atualmente passa de 4 milhões.
Durante a palestra, Vinicius discutiu a quarta revolução industrial e como as mudanças tecnológicas vão impactar os negócios nos próximos anos. A inteligência artificial, o Big Data e a impressão 3D são algumas das disrupções previstas. "E todas essas mudanças vão gerar muitas oportunidades. O motorista do trator, por exemplo, será necessário em outras atividades, pois a produtividade vai aumentar muito", previu.
Segundo ele, não são apenas as startups que podem inovar. "Nove a cada dez startups morrem no primeiro ano por não ter musculatura financeira. As empresas maiores têm essa força, então, por que não juntar com as empresas novas para gerar soluções e novos negócios?", questionou.