JUSTIÇA
TJ reduz pena de ex-soldado da PM condenado por matar filho de tenente-coronel em festa
TJ reduz pena de ex-soldado da PM condenado por matar filho de tenente-coronel em festa
Ele foi condenado por homicídio culposo, fraude processual, por alterar cena do crime e disparo de arma de fogo
Ele foi condenado por homicídio culposo, fraude processual, por alterar cena do crime e disparo de arma de fogo
Da Redação
O Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena do ex-policial militar Vinícius Coradim, que foi condenado por matar o estudante Diogo Belentani, filho de um tenente-coronel da PM, em julho de 2017, em Araçatuba (SP).
Desembargadores aceitaram parcialmente o recurso apresentado pela defesa do ex-policial e reduziram a pena dele para 7 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto.
Coradim, que atualmente cumpre pena em regime aberto, tinha sido condenado pelo tribunal do júri, em dezembro de 2018, a 9 anos e seis meses de prisão.
O Ministério Público chegou a recorrer da decisão, pedindo à Justiça o cancelamento do júri após ser comunicado de que um dos jurados teria relação próxima a familiares do ex-policial, o que inviabilizaria a presença dele na banca.
Porém, os desembargadores do TJ não aceitaram o pedido e mantiveram o resultado do júri, diminuindo a pena de Coradim. Ele foi condenado por homicídio culposo - quando não há intenção de matar- por fraude processual, por ter alterado a cena do crime, e disparo de arma de fogo.
O crime aconteceu no dia 15 de julho de 2017. Segundo a Polícia Civil, os dois participavam de churrasco em uma chácara, quando a pistola do policial disparou e atingiu o peito do estudante, que morreu a caminho do hospital.
O ex-policial alegou que o disparo foi acidental, mas para o Ministério Público, o policial agiu com a intenção de matar.
Ainda segundo a promotoria, Vinícius Coradim admitiu ter alterado a cena do crime, que teria ocorrido após uma discussão entre os rapazes por causa de uma mulher que estaria envolvida com eles.
De acordo com a promotoria, ao alterar a cena do crime, o soldado da PM queria alegar que a vítima tirou a própria vítima, e também teria intimado testemunhas a mentirem.
Coradim alegou que o disparo foi acidental, mas para o Ministério Público, o policial agiu com a intenção de matar