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Polícia Federal divulga e-mail para denúncias relacionadas à Operação Vagatomia
Polícia Federal divulga e-mail para denúncias relacionadas à Operação Vagatomia
Segundo a PF, o sigilo é garantido e o objetivo é receber informações de pessoas que saibam algo novo sobre as fraudes identificadas na referida operação.
Segundo a PF, o sigilo é garantido e o objetivo é receber informações de pessoas que saibam algo novo sobre as fraudes identificadas na referida operação.
Polícia Federal esteve no campus fernandopolense durante a operação
Por Breno Guarnieri
A Polícia Federal divulgou um e-mail para receber denúncias relacionadas à Operação Vagatomia, deflagrada na última terça-feira, dia 3, e que apura esquema de fraude de R$ 500 milhões na Universidade do Brasil, de Fernandópolis, em cima dos programas federais de bolsas de estudo Fies e Prouni.
Segundo a PF, o sigilo é garantido e o endereço de e-mail é denunciaspfjales@gmail.com. O objetivo é receber informações de pessoas que saibam algo novo sobre as fraudes identificadas na referida operação.
Operação
A Polícia Federal prendeu na terça-feira, 3, 22 pessoas, suspeitas de participarem de um esquema de fraude de R$ 500 milhões na Universidade do Brasil, de Fernandópolis, em cima dos programas federais de bolsas de estudo Fies e Prouni.
Segundo a PF, também há suspeita de venda de vagas e transferências de alunos do exterior, principalmente Paraguai e Bolívia. Cerca de 250 policiais federais cumpriram mandados judiciais em Fernandópolis, Rio Preto, São Paulo, Santos, Presidente Prudente, São Bernardo do Campo, Porto Feliz, Meridiano, Murutinga do Sul, São João das Duas Pontes e Água Boa, no Mato Grosso.
As investigações apontam que o líder da organização criminosa é o próprio dono da universidade, José Fernando Pinto da Costa, que também ocupa o cargo de reitor. O empresário de 63 anos, e seu filho, que também é sócio do grupo educacional, não só tinham conhecimento, mas também participavam dos crimes em investigação. A dupla está presa.
Entenda o esquema
As "assessorias educacionais", com o apoio de toda a estrutura administrativa da universidade negociaram centenas de vagas para alunos que aceitaram pagar pelas fraudes a fim de serem matriculados no curso de medicina. Entre estes alunos, que compraram suas vagas e financiamentos, existem filhos de fazendeiros, servidores públicos, políticos, empresários e amigos do dono da universidade, todos com alto poder aquisitivo, que mesmo sem perfil de beneficiário do FIES, mediante fraude, tiveram acesso aos recursos do Governo Federal. Com a sistemática atual de inclusão de dados e aprovação do Fies pelas próprias universidades privadas (beneficiárias dos recursos que aprovam) a PF estima que milhares de alunos carentes por todo o Brasil podem ter sido prejudicados em razão destas fraudes.