Monique Evans quer escrever monólogo sobre a sua geração: "Imagina eu entrando numa fila de idosos?"

Às vésperas de completar 60 anos, na próxima terça-feira, Monique Evans vai reunir um elenco muito especial em sua festa na boate Cave. Uma celebração para todas as tribos, promete a musa mais libertária da moda brasileira desde os anos 80. “Vai vir a galera da tattoo, a família do namorado da filha, minha família, vão vir os gays, vai ter de tudo. Eu, que estou organizando a festa, estou enlouquecida”,  conta Monique, que há dois anos assumiu sua relação com a DJ Cacá Werneck, de 32: “Eu levei a repercussão muito na boa, minha família também. Se fosse esconder, todo mundo ia querer saber mais. Tive tanta naturalidade que a reação das pessoas foi tranqüila”.

Em paz com a vida e orgulhosa dos 30 anos de atuação na moda brasileira, a apresentadora faz um balanço positivo do passar do tempo. Mas, bem ao seu estilo, não esconde os incômodos: “Uma coisa chata é não fazer planos de longo prazo. Não dá para começar a estudar Cinema agora, por exemplo. E é claro que o corpo não responde mais como gostaria em algumas situações. Como quando quero correr muito e me canso mais rápido. Tenho dois ligamentos no joelho também para operar. Agora, em vários momentos, eu me sinto mais bonita do que antigamente”.
 Uma das modelos mais badaladas de sua época, Monique agora planeja escrever um monólogo sobre as conquistas de sua geração. “Como eu vou para uma fila de idosos? Eu malho! Vou me sentir ridícula e uma sacanagem com os idosos. Hoje, você vê uma mulher de 60 anos namorando caras bonitos. E não têm nada de idosos. Como a gente pensa que vai parar de transar aos 60 anos? Na minha época, não imaginava uma avó transando. Agora, minha mãe com oitenta e pouco procura namorado na internet”,  dispara a rainha dos editoriais de moda.