LEVANTAMENTO
Levantamento mostra aumento de 60% no número mortes por afogamento no noroeste paulista
Levantamento mostra aumento de 60% no número mortes por afogamento no noroeste paulista
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 25 pessoas morreram neste ano, enquanto 15 mortes foram registradas em 2018
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 25 pessoas morreram neste ano, enquanto 15 mortes foram registradas em 2018
Da Redação
Um levantamento realizado pelo Corpo de Bombeiros aponta que 25 pessoas morreram afogadas desde o início do ano em cidades da região noroeste paulista. O número é 60% maior do que o registrado nos 12 meses de 2018, época em que 15 mortes foram registradas.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a maioria dos afogamentos ocorre nas prainhas de água doce e represas. Em Nova Itapirema, dois irmãos morreram afogados no dia 5 de outubro.
A suspeita é que Natanael Camargo, de 18 anos, tenha passado mal durante uma travessia. Ao ver o irmão mais novo se afogar, Israel Camargo, de 21 anos, foi salvá-lo, mas também acabou morrendo.
“Quando recebi a notícia, eu não acreditei. Meus filhos eram jovens e me davam muito orgulho. É uma dor insuportável. Ver que eles não estão mais conosco é uma dor muito grande. Precisei passar por psicólogo porque eu perdi o chão e a graça”, afirma Hamilton Camargo.
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o afogamento é a quarta causa de morte acidental em adultos, e a terceira em crianças e adolescentes de todo o mundo.
“Na maioria das vezes, as pessoas mergulham em águas desconhecidas, com visibilidade baixa, e acabam se afogando. Portanto, elas não devem fazer travessias, consumir bebidas alcoólicas e deixar a água passar do umbigo. Crianças devem estar sempre monitoradas por adultos”, afirma o tenente do Corpo de Bombeiros, Rafael Fantini.
Para os pescadores e pessoas que costumam navegar nos rios, prainhas e represas, o Corpo de Bombeiros orienta sobre a obrigatoriedade do uso de coletes salva-vidas. Em Mira Estrela, quatro pescadores passaram 12 horas à deriva depois que a embarcação em que estavam virou no Rio Grande.
Apesar de todos estarem com colete salva-vidas, um idoso de 70 anos não resistiu e morreu. Os outros pescadores sobreviveram após serem resgatados pela Polícia Ambiental
Fonte: G1