Coronel é a quarta mulher a ocupar o cargo mais alto do CPI-5, de Rio Preto
Por Jorge Pontes
O Projetos “Os Sonhadores” traz novamente a Fernandópolis a coronel Helena dos Santos Reis, primeira mulher a assumir o comando do CPI-5 da Polícia Militar, sediado em São José do Rio Preto. A coronel virá a cidade a bordo do popular helicóptero Águia, aterrissando no pátio do 16º BPMI de Fernandópolis, onde a aeronave ficará exposta para visitação de crianças de adolescentes de projetos sociais de Fernandópolis.
No local, Helena ministrará uma palestra aos presentes para tratar de diversos assuntos relacionados aos prejuízos trazidos pelo “caminho do mal” e como superar as dificuldades impostas pela vida. Assim como o fez da primeira vez que esteve em Fernandópolis, também na sede do Projeto “Os Sonhadores”, a policial militar contará sua história em terceira pessoa para ilustrar como é possível vencer na vida embora possa parecer impossível dada as condições financeiras contrárias.
Exemplo de vida e de profissionalismo, coronel Helena vem novamente a Fernandópolis pro meio de uma parceria entre o projeto social com a Polícia Militar e o Poder Judiciário, representado pelo juiz Evandro Pelarin, que atualmente atua em São José do Rio Preto.
Helena esteve em Fernandópolis pela primeira vez em setembro do ano passado, na sede do "Os Sonhadores"
CONHEÇA A CORONEL HELENA:
Helena dos Santos Reis, 45 anos, comanda o curso de formação de sargentos da PM. Ensina-os a ter o espírito de liderança que ela sempre demonstrou na carreira.
A Polícia Militar sempre foi o caminho natural para ela, filha de um sargento, irmã de outro. Em 1988, foi aprovada na primeira turma de mulheres da Academia de Polícia Militar do Barro Branco. Formada tenente, trabalhou no policiamento de rua nas sensíveis regiões da Sé e Luz, centro de São Paulo, com seus mendigos e viciados em drogas - na época, cheiradores de esmalte e cola de sapateiro.
Em 1995, veio para a região, onde chegou até o posto de major no Comando de Policiamento do Interior de Rio Preto (CPI-5), responsável pelo planejamento operacional. Estava aqui quando o irmão, sargento Israel, foi assassinado ao voltar para casa na Capital, em agosto de 2001. Faltavam 16 dias para se casar. O assassino nunca foi identificado. "A sensação de impunidade dói", reconhece. Nem por isso, a coronel apela para sentimentos mais primitivos como os de fazer justiça com as próprias mãos, comuns em parte da tropa. Helena sabe o estrago que PMs matadores provocam na corporação, minando a credibilidade do policial perante a população.
Mas o zelo pela legalidade não a impede de assumir posições polêmicas, como defender a redução da maioridade penal para 16 anos, nos moldes do projeto de lei debatido atualmente no Congresso. Nem de criticar o comportamento dos jornalistas, ao atribuir à mídia parte da sensação de insegurança na sociedade. "Você pega esses programas policiais na TV, parece o fim do mundo. E não é bem assim. Crime sempre vai haver, mas nada justifica tanto medo."
Com informações de Diário da Região
