Alcides Luiz, conhecido como Didi Maravilha, foi meio-campista
Da Redação
O ex-jogador de futebol Alcides Luiz morreu aos 67 anos após cair da cama no Hospital de Base de Rio Preto. O caso foi registrado na Central de Flagrantes como morte suspeita a ser investigada pela Polícia Civil. Conhecido nos gramados como Didi Maravilha, ele jogou no América e na Ferroviária de Araraquara.
Segundo a irmã dele, Dirce Luiz, Alcides passou mal quando estava em viagem de passeio em Nova Granada. Depois de passar pelo pronto-socorro, foi transferido para HB, onde estava internado na ala de tratamento de pacientes com câncer.
Segundo o boletim de ocorrência, Alcides caiu sofreu acidental da cama na segunda-feira, foi levado para o setor de exame onde foi constatado traumatismo craniano.
Acompanhante de quarto do ex-jogador, Dirce afirma que o irmão estava deitado em uma cama com grade protetora dos dois lados e a queda aconteceu quando ela tinha se ausentado por poucos minutos do quarto, mas deu tempo de socorrer o irmão. "Na hora não parecia que ele tinha sofrido algo grave, mas só depois de passar por exames foram me falar que ele sofreu traumatismo craniano", comenta a irmã.
Para sua outra irmã, Marli Luiz, Alcides não merecia terminar a vida em um leito de hospital após ter ganhado a vida nos gramados do futebol profissional. "Meu irmão era meio-campista, jogou na Ferroviária, no América, no Veloclube de Rio Claro e até no Atlético Paranaense. O apelido dele era Didi Maravilha. Uma pena terminar a vida assim. Fizemos o que era possível para ajudá-lo", acrescenta.
O corpo de Alcides será enterrado no final da tarde desta quinta-feira, 9, no cemitério das Cruzes, em Araraquara. O caso da morte acidental será encaminhado para o 1º Distrito Policial de Rio Preto.
Por meio de nota, o Hospital de Base de Rio Preto lamenta a morte de Alcides e diz que todas as medidas para garantir a segurança do paciente foram adotadas segundo os protocolos preconizados para o setor hospitalar, como visitas frequentes e sistemáticas das equipes médicas e de enfermagem ao leito para avaliar o estado de saúde do paciente, assim como as medidas de segurança para garantir a integridade do mesmo.
"Tais medidas foram rigidamente adotadas durante os 19 dias em que o paciente esteve internado. No momento da internação, o acompanhante do paciente é orientado a ser ativo e colaborar para que as medidas de segurança sejam seguidas como, por exemplo, manter sempre elevadas as grades de proteção nas laterais do leito. Após a queda, a equipe médica avaliou o paciente, inclusive com a realização de exames de diagnóstico por imagem, e não constatou nenhuma alteração em seu quadro clínico", informou, em nota, o HB.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, que deve expedir o laudo conclusivo das causas da morte.
Fonte: Diário da Região