ARTIGO

A subserviência dos atuais sistemas produtivos

A subserviência dos atuais sistemas produtivos

Por Pablo Dávalos

Por Pablo Dávalos

Publicada há 4 anos

Nas últimas semanas a humanidade foi surpreendida por um vírus que explanou a nossa subserviência perante os avanços da virtualização do local de trabalho. Um desdobramento da Quarta Revolução Industrial, conhecida também como Industria 4.0 veio à tona e exemplificou a nossa imensa necessidade de adaptação às rápidas mudanças que o mundo todo carece. A conjuntura da estrutura vigente, ou seja, a forma tradicional de trabalho, relação patrão-empregado e os sistemas de aprendizado em sala de aula necessitam de flexibilização, para que juntamente com o auxílio do termo “Internet das Coisas”, possam ser aptos a desenvolver mecanismos habilitados a sobrepujar sistemas produtivos em tempos de crise.

Em meio a este cenário, ocorre a segregação dos otimistas e pessimistas, no qual os primeiros diferentemente dos últimos, possuem uma certeza positiva perante tantas incertezas alarmantes que amedrontam e acaloram ainda mais o mercado financeiro, além de agravarem a crise econômica com a sentença de suas opiniões. Hoje, mais do que nunca, os profissionais otimistas e visionários sabem que todos demonstramos uma real demanda de colaboradores que apresentem uma formação continuada em aprender a reaprender, como se fosse um ciclo de reciclagem de nossos conhecimentos, em que seja possível descaracterizar uma formação generalista e procurar manter nos locais de trabalho uma equipe multiespecialista para superar o deterioração causada em sistemas produtivos por problemas repentinos, sejam eles de qualquer espécie, como por exemplo esta pandemia global. 

Se as organizações mantem suas operações através de resultados lucrativos, estes somente são possíveis concomitantemente com a série de competências e habilidades nelas presentes paralelamente com suas equipes de colaboradores. Tempo e aprendizado, dois termos que deveriam estar pautados e perpetuados em reuniões gerenciais com a mesma importância de metas e resultados: o que fazer com nosso tempo para evoluirmos e adquirirmos maior aprendizado? Tempo e aprendizado se tornam a vitalidade e princípio ativo das melhores organizações, para otimizarem a alavancagem industrial e assim projetarem suas operações rumo ao futuro. De fato, há alguns séculos, grandes áreas de terra simbolizavam riqueza, mas hodiernamente o erro das industrias é acreditarem que linhas produtivas e a proliferação de matrizes e fábricas demonstram poder e riquezas perante seus concorrentes, quando quem detém o verdadeiro poderio, são as indústrias que controlam o ouro e diamante da era atual: a informação. Estas corporações que conservam o processamento inteligente da informação como diferencial relativamente ao mercado em que atuam, além de demonstrarem opulência operacional, treinam seus colaboradores com investimento em aprendizado dentro do limite de tempo, para aprenderem a reaprender e se tornarem especialistas ao manipular e analisar informações em tempo real, com assertividade e competência requeridas para a era da informação digital.

Neste momento, o evidente para todos é que necessitamos mudar nossos sistemas produtivos, com certa cautela mas não com o medo assolador e paralisador. É hora de adaptarmos nossas rotinas, formar uma equipe multifuncional. De modo algum, devemos jogar apenas procurando não perder, pois a nossa real e única vitória será possível se todos jogarmos com a mentalidade de jogar só se for para ganhar.


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