QUARENTENA
Semana decisiva! Quais os números que a região precisa ter para avançar de fase no Plano SP
Semana decisiva! Quais os números que a região precisa ter para avançar de fase no Plano SP
Índices indicam quais regiões podem avançar na quarentena heterogênea
Índices indicam quais regiões podem avançar na quarentena heterogênea
Gustavo Jesus
Prefeitos e secretários de saúde de todo o estado de São Paulo começaram esta semana com a calculadora na mão e a esperança de que os casos de coronavírus deem uma trégua. Além dos fatores óbvios ligados à saúde pública, a diminuição de infectados pela doença significa a possibilidade de uma maior abertura econômica e consequente recuperação de diversos setores.
O avanço ou restrição de uma região dentro do Plano SP, que determina a quarentena heterogênea no estado, leva em consideração uma fórmula matemática baseada em número de casos, óbitos e internações por coronavírus.
Há dois critérios para cálculo da fase de risco e enquadramento de cada região: capacidade de resposta do sistema de saúde e evolução da epidemia.
O critério “Capacidade de Resposta do Sistema de Saúde” é composto pelos seguintes indicadores: (1) taxa de ocupação de leitos hospitalares destinados ao tratamento intensivo de pacientes com COVID-19; e (2) quantidade de leitos hospitalares destinados ao tratamento intensivo de pacientes com COVID-19 por 100 mil habitantes.
O critério “Evolução da epidemia” é composto pelos seguintes indicadores: (1) taxa de contaminação; (2) taxa de internação; e (3) taxa de óbitos. Os cálculos para cada um dos indicadores são detalhados no decreto.
OS NÚMEROS DA DRS DE RIO PRETO
Considerando o critério “Capacidade de Resposta do Sistema de Saúde”, a região de Rio Preto, de acordo com os últimos números do governo, divulgados na sexta-feira, 19, estaria na Fase 4 do Plano SP, ou seja, com pouquíssimas restrições para o comércio.
Segundo a Secretaria de Saúde, os hospitais da região tiveram apenas 40% de média de ocupação de leitos de UTI e há 16,5 leitos exclusivos de Covid-19 para cada 100 mil habitantes.
Para manter o índice neste patamar, a ocupação de leitos de UTI deve chegar ao máximo em 60%. Acima dessa taxa a região entra na fase amarela, o suficiente para avançar do estado atual – faixa laranja -, mas matematicamente mais perto de uma regressão para a fase vermelha no geral.
Nesta segunda-feira, 22, a taxa de ocupação na região é de 42,8%. O governo estadual liberou mais vagas de UTI, o que deve melhorar a proporção por habitante, que já é excelente.
Os números que têm segurado o avanço de fase no Plano SP na região são os relacionados à “Evolução da epidemia”.
O crescimento de casos, internações e óbitos por coronavírus na região são o que mantém a região na fase laranja. Na última semana de avaliação, a taxa de casos ficou no verde, com 0,9 de variação, enquanto as internações e óbitos avançaram 1,02 e 1,6 respectivamente.
COMO PASSAR DE FASE
É aí que a calculadora dos gestores públicos tem entrado em ação. Como foi explicado acima, a região como um todo precisa regredir no número de casos, internações e óbitos, para poder avançar, pelo menos, até a fase amarela.
De acordo com os números do governo do Estado, que diferem um pouco dos boletins das Prefeituras, a região teve na última semana 347 casos, 40 óbitos e 344 internações por causa da Covid-19.
Em números absolutos, e seguros – sem depender de possíveis arredondamentos por parte do Comitê do Coronavírus -, a região não pode ultrapassar, até quinta-feira, 25, dia que as contas serão fechadas para a próxima quarentena, os 320 casos e internações e as 36 mortes por Covid-19 – além da manutenção da ocupação das UTIs em até 60%.
Com os números acima, é possível que a região de São José do Rio Preto avance para a Fase 3 do Plano SP.
Em Fernandópolis, a expectativa de membros do Comitê de Contingência da doença é que todo o estado seja qualificado na faixa laranja – Fase 2 -, com está a região atualmente.
Indicadores com as avaliações vigentes para essa semana