PANDEMIA
Estado de SP bate novo recorde com 434 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas
Estado de SP bate novo recorde com 434 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas
Doença já matou 13.068 pessoas. Número de contaminados chega a 229.475 casos
Doença já matou 13.068 pessoas. Número de contaminados chega a 229.475 casos
Da Redação
O estado de São Paulo registrou 434 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 13.068 mortos. Esse é o maior número de mortes registradas no estado desde o início da pandemia. Na segunda (22), 12.634 pessoas tinham morrido com a doença.
Já o número de casos confirmados subiu de 221.973 para 229.475, um aumento de 7.502 infectados pela Covid-19.
As novas confirmações não significam, necessariamente, que as mortes aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas no sistema neste período. Os números costumam ser menores no final de semana e às segundas-feiras devido ao atraso nas notificações nestes dias.
De acordo com João Gabbardo, coordenador-executivo do Centro de Contingência, o número está dentro da projeção feita pelo Centro de Contingência de que o estado deve chegar de 15 mil a 18 mil mortes no total até o fim do mês.
“Esse número ocorre basicamente porque o interior do estado, em sua grande maioria das regiões, está em uma curva ascendente, uma curva de crescimento de casos, isso faz que mesmo com uma redução que a gente tenha na capital e na região metropolitana o geral continua sendo negativo pelo o que nós esperamos e desejamos que é a redução do número de óbitos no número estadual”, afirmou.
Segundo ele, apesar do alto número de mortes, o estado tem 65,7% do índice de ocupação hospitalar. “É importante destacar que isso não tem pressionado os leitos de Uti, nós continuamos com utilização entre 65% e 66% dos leitos, o que significa que nós temos entre 33% e 34% dos leitos disponíveis para a população, e isso é o que mais importa para quando as pessoas estiverem necessitando de atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória que nós tenhamos capacidade de atendimento com equipe, respiradores, pessoal treinado para diminuir a mortalidade dos pacientes.”
Na segunda-feira (15), o Comitê de Saúde da gestão João Doria (PSDB) havia apontado uma tendência de estabilização nas mortes e chegou a comemorar a primeira queda semanal com 1.523 novos registros, apesar de a diferença ter sido de apenas três óbitos em relação à semana anterior.
Na semana seguinte, no entanto, o número semanal voltou a crescer e bateu recorde semanal com 1.913 novas mortes. Também pela primeira vez o estado registrou quatro dias seguidos com mais de 300 mortes. Com o novo recorde diário registrado nesta terça, é possível que o balanço desta semana aumente novamente, contrariando a justificativa de estabilidade.
"A média semanal está subindo dentro das previsões com as quais estamos trabalhando desde o inicio, elas são ajustadas, e vamos ajustar para ver o que podemos esperar como vai ser em julho, mas está dentro dos modelos matemáticos com os quais estamos trabalhando", justificou Carlos Carvalho, coordenador do Centro de Contingência.
“Isso não é um recorde só porque o número foi maior, nós temos que entender que a gente tem que não olharmos casos eventuais e datas eventuais, mas sim estarmos dentro da média móvel da semana”, argumentou o secretário de Saúde, José Henrique Germann.
Nesta segunda (22), a taxa de isolamento no estado de São Paulo foi de 46% e de 47% na capital paulista. No domingo (21), o índice foi de 53% na capital e no estado 52%.
O número de pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) é de 5.659 e de 8.295 pessoas nas enfermarias. Na Grande São Paulo, 68% das UTIs estão ocupadas e 65,7% no estado.
Fonte: G1