PARALISAÇÃO

Greve dos Correios atinge 70% dos funcionários na região

Greve dos Correios atinge 70% dos funcionários na região

Correios afirmam que 83% dos 99 mil empregados prosseguem trabalhando regularmente

Correios afirmam que 83% dos 99 mil empregados prosseguem trabalhando regularmente

Publicada há 4 anos

Da Redação

A greve dos Correios que começou na última terça-feira, 18, em Rio Preto e em todo o País, continua por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Rio Preto, 70% dos funcionários de toda a região aderiram à paralisação. A categoria é contra a retirada de direitos, a privatização da empresa e a ausência de medidas para proteger os empregados da pandemia do novo coronavírus, informou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect). 

O presidente do sindicato, Sérgio Pimenta, afirma que a expectativa é que a paralisação chegue a 80 cidades da região a partir de sexta-feira, 21. "Hoje os Correios soltaram o holerite dos funcionários e já começou com a sistemática deles. Com isso, muitos funcionários tiveram redução de salário de R$ 700 a R$ 800. Então acreditamos que o número (de funcionários que vão aderir a paralisação) deve aumentar", afirma. 

A reivindicação da categoria, segundo Pimenta, é que a empresa respeite o que foi definido na campanha salarial do ano passado, em que foi ajuizado dissídio coletivo pela própria empresa e o tribunal deliberou que o acordo coletivo do ano passado tivesse a duração de dois anos, 2019 e 2021. Os Correios não aceitaram a decisão.

Ele ressalta que a empresa entrou com instrumento jurídico no Superior Tribunal Federal (STF) afirmando que essa questão fere artigo constitucional. "Ministro deu a liminar para a empresa e, desde o dia 1º de agosto, estamos sem acordo coletivo e a empresa está aplicando as leis. Vamos brigar até as últimas consequências para que o acordo continue até 31 de julho do ano que vem. Se o julgamento for, vamos continuar em greve", ressalta.

A federação afirma, em nota, ter sido surpreendida com a revogação, a partir de 1º de agosto, do atual acordo coletivo, cuja vigência vai até 2021. Segundo a entidade, 70 cláusulas com direitos foram retiradas, como 30% do adicional de risco, vale-alimentação, licença-maternidade de 180 dias, auxílio-creche, indenização por morte e auxílio para filhos com necessidades especiais, além de pagamentos como adicional noturno e horas extras.

Em nota, os Correios afirmam que, segundo levantamento parcial, realizado na manhã de quarta-feira, 19, 83% dos 99 mil empregados prosseguem trabalhando regularmente. A empresa ressalta que nas agências, serviços como consulta Limpa Nome Serasa, Achados e Perdidos, e agora, mais recentemente, a consulta para o Auxílio Emergencial, estão disponíveis à população. A postagem de cartas e encomendas, inclusive SEDEX e PAC, continua sendo realizada e as entregas estão ocorrendo em todos os municípios.

"Para minimizar os impactos à população, diante a paralisação parcial dos empregados, a empresa reitera que já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas", finaliza a nota. 


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