Além de um número, mais do que uma estatística
São vidas perdidas para sempre
No caso, se dor e luto fossem expressões artísticas
Seriam dramas indeléveis em nossas mentes
Mais de 150 mil vidas brasileiras interrompidas
Inscrições céleres nos obituários
Partidas rápidas e sem despedidas
No derradeiro leito, sempre solitários
Além de 150 mil! Simbolismo forte
Não esperavam assim encarar a morte
Em vida sentiram dor, tristeza, alegria e amor
No fim, não mereceram tal sorte
Tememos por nossas vidas
Também as partidas sem despedidas
Tememos o sofrimento que bate a nossa porta
Também o vírus que a tudo não se importa
Esperamos ansiosos o encerramento
Do fim do pandemônio dessa pandemia encarnado de tormento
Das lições deixadas para o mundo e para a humanidade
Que sem respeito à regra, não se vence esse sofrimento
O vírus não se importa com o negacionismo de alguns pelas evidências científicas! Não se importa com crenças ideológicas, filosóficas, supersticiosas, esotéricas e no que for acrescentado aqui.
O vírus não tem partido! Ele causa a partida! Uma partida sem despedida e cruel.
O vírus apenas se reproduz e pode cobrar um preço bem alto, o maior de todos. O preço de uma vida.
No Brasil, já cobrou mais de 150 mil.