ABAIXO-ASSINADO

Petição que pede justiça por Mariana Ferrer chega a 3,5 milhões de assinaturas

Petição que pede justiça por Mariana Ferrer chega a 3,5 milhões de assinaturas

Internautas se revoltaram com imagens de julgamento e com “estupro culposo”

Internautas se revoltaram com imagens de julgamento e com “estupro culposo”

Publicada há 4 anos

Internautas se revoltaram e decidiram criar uma petição online que pede justiça por Mariana - Foto: Reprodução

Da Redação/ Jornal de Brasília

Após o site The Intercept Brasil divulgar um vídeo do julgamento que inocentou o homem acusado de estuprar a influenciadora digital Mariana Ferrer, internautas se revoltaram com as imagens e decidiram criar uma petição online que pede justiça por Mariana.

O abaixo-assinado já conta com 3,5 milhões de assinaturas e cresce a cada minuto. “O processo está na reta final. Cobrem a condenação do réu André de Camargo Aranha”, diz a petição.

“Estupro culposo”

O caso catarinense Mariana Ferrer gerou revolta nas redes sociais com as hashtags #justiçapormariferrer e “estupro culposo”. Aranha, acusado por Mariana de estuprá-la na boate Café de La Musique há dois anos, foi absolvido no dia 9 de setembro pelo juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis.

Chamou a atenção o fato de o promotor do caso, Thiago Carriço de Oliveira, argumentar dizendo que o estupro não foi intencional porque não havia como Aranha saber se Mariana estava ou não dopada. “Como não foi prevista a modalidade culposa do estupro de vulnerável, o fato é atípico”, escreveu ele em sua argumentação, dando origem à revolta nas redes sobre o estupro culposo.

“Não restou comprovada a consciência do acusado acerca de tal incapacidade, tendo-se, juridicamente, por não comprovado o dolo do acusado no tocante a tal estado psíquico alegado pela ofendida. Pelo que consta no processo, não restou comprovado que o acusado tinha conhecimento da suposta incapacidade da vítima”, escreveu Carriço. “A instrução criminal não indicou a presença de dolo na conduta do acusado, não restando configurado o fato típico e antijurídico a ele imputado, qual seja, o delito de estupro de vulnerável.”

Ao aceitar o pedido de absolvição, o juiz Rudson Marcos concordou com a tese do promotor e, alegando o respeito ao princípio da dúvida em favor do réu, afirmou que é “melhor absolver cem culpados do que condenar um inocente”. A defesa de Mariana recorreu da decisão, segundo o Intercept. Durante o processo, Aranha confirmou ter tido contato sexual com a jovem, mas nega que o ato tenha sido consumado e que tenha agido de forma violenta.


Fonte:jornaldebrasilia.com.br

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