Ficar viúva aos 28 anos de idade após a morte trágica do marido, sem muitos recursos materiais e com sete crianças para criar.
A primogênita tinha 8 anos de idade e a caçula era um bebê de colo com apenas 11 meses.
Perfilados, formavam uma escadinha.
Tão cedo Tia Sebastiana se viu diante de uma grande tarefa,
mas o amor pelos seus sete filhos era maior do que o seu grande desafio.
Podemos imaginar a quantidade de vezes que Tia Sebastiana recorreu a sua fé para não esmorecer.
Recorreu a sua fé no Sagrado Coração de Jesus e em Nossa Senhora Aparecida.
Por isso, trabalhou sem medir esforços para garantir o pão em sua casa
e mesmo tendo a consciência do tamanho da responsabilidade que a vida lhe impôs,
ela também sabia que o amor pelos seus sete filhos era maior do que o seu grande desafio.
Se um dia Tia Sebastiana chorou escondida, se um dia ela se revoltou sem que ninguém visse ou percebesse,
nada disso a fez desistir no meio do caminho, principalmente quando olhava para aqueles sete pares de olhinhos inocentes.
E sabem por quê?
Porque o amor pelos seus sete filhos era maior do que o seu grande desafio.
Tia Sebastiana cumpriu a sua missão!
Visto que as suas sete crianças se transformaram em excelentes cidadãos.
E vendo isso, parece que Deus, tentando compensá-la da grande tarefa que lhe confiou,
desafio que ela encarou, lutou e venceu,
concedeu-a muitos anos de vida para desfrutar da convivência de seus filhos já criados, netos e bisnetos
Nessa semana, Tia Sebastiana nos deixou!
Deixando para todos um grande exemplo de vida.
E ao pensarmos nela, sempre nos lembraremos daquela pessoa alegre e extrovertida,
daquela mãe devotada, avó amorosa, mulher forte e religiosa.
Daquela pessoa que gostava de festa, de estar reunida com seus familiares.
Que gostava de viajar, louvar a Deus e de cantar.
E por falar em canto, sempre nos lembraremos da sua voz poderosa.
Sempre nos lembraremos do seu amor pelos seus sete filhos,
amor que foi maior do que o seu grande desafio.
De seu sobrinho, Carlos Eduardo Maia de Oliveira
Sebastiana de Oliveira Carneiro faleceu no último dia 1° de novembro. Ela foi uma das fundadoras de Fernandópolis